O neurologista Machado Cândido foi absolvido na quinta-feira dos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos pelo Tribunal Criminal de Lisboa.
Há um ano que o médico esperava pelo final do processo. «Hoje fez-se justiça. Morosa, mas fez-se justiça», comnetou Machado Cândido à Lusa depois de conhcer o acórdão dos juízes.
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«A minha atividade no hospital manteve-se rigorosamente a mesma, continuei a fazer o banco de urgências e a tratar os doentes como os tratava antes», confessou. O neurologista disse ainda que sempre teve a «consciência tranquila» e que contou «com o apoio dos colegas e do hospital».
A decisão conhecida na quinta-feira remonta a outubro de 2009 quando Machado Cândido, na altura chefe do Serviço de Neurologia do Hospital de São José, foi suspenso por 240 dias. O Ministério Público acusou o médico de ter cobrado centenas de horas extras ao Serviço Nacional de Saúde durante vários anos, algumas das quais taxadas nos dias em que Cândido estaria de férias.
O MP acusou ainda o médico de ter usado verbas do serviço de neurologia para despesas pessoais. Depois de ter recorrido da suspensão e de a ter visto atenuada, Machado Cândido vê-se agora também absolvido.
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