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Tua: amigo de menino desaparecido é vítima de «bullying»

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Menino está desaparecido no rio desde terça-feira

A mãe de uma criança de 10 anos de Mirandela queixou-se à Lusa que o filho está a ser vítima de bullying, motivo pelo qual a criança se recusa a ir à escola e está a ser medicada e acompanhada por um psicólogo.

Esta quarta-feira, Graça Caldeiras não foi trabalhar para acompanhar o filho em mais uma consulta no psicólogo que, segundo disse, conseguiu arranjar no centro de saúde, já que «a psicóloga da escola não tinha tempo para o atender».

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O filho de Graça Caldeiras frequenta a mesma escola da criança que está desaparecida no rio Tua e cujo caso foi associado a uma situação de agressões não confirmadas.

As autoridades, no entanto, apontam para acidente, nomeadamente pelo facto de a criança se ter despido antes de entrar na água.

A família do menino desaparecido diz que este também foi vítima de bullying. VEJA AQUI

Graça garante, todavia, que há na escola «alguns casos de agressões dos mais velhos (alunos dos CEF, cursos de formação e educação) aos miúdos» e que o filho é uma das vítimas, situação que se arrasta desde Janeiro, no início do segundo período escolar.

«Chega ao portão da escola e parece que muda, é outra pessoa», disse, sobre o «medo» que diz que o filho tem e que tem provocado que falte às aulas, como aconteceu nos últimos dois dias.

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A mãe sustenta que «com medo de que lhe voltassem a bater», o filho não lhe quis contar o que se passava, mas que desconfiou numa ocasião em que lhe deu, como habitualmente dinheiro para comer e a criança depois já não o tinha.

Segundo disse, «bateram-lhe para lhe tirar o dinheiro e ameaçaram-no», tendo, por isso, chegado a receber tratamento hospitalar.

Graça disse também que a polícia tomou conta da ocorrência no hospital como «agressão».

Jovem desaparecido no rio Tua

Contactada pela Lusa, fonte da PSP nada adiantou em relação a este caso concreto, avançando apenas que «as agressões entre miúdos nas escolas são frequentes e a polícia tem registado várias».

A presidente da Comissão de Protecção de Crianças de Jovens (CPCJ) de Mirandela, Manuela Teixeira, disse que este organismo «não tem referenciado nenhum caso de bullying».

Contactada pelo tvi24.pt, a mesma responsável revelou ter deixado de ter condições para se pronunciar sobre o caso. «Gostaria muito de ajudar, mas já prestei uma declaração e agora está tudo a cair-me em cima», explicou Manuela Teixeira.

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A mãe que se queixa das agressões ao filho de 10 anos afirma que já falou com elementos do conselho executivo, «mas estes não fazem nada». A Lusa tentou contactar o conselho executivo do Agrupamento Luciano Cordeiro de Mirandela, que se encontra incontactável desde o acidente com uma outra criança no rio Tua.

Associação de Pais nega

O presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Luciano Cordeiro de Mirandela garantiu que «não há qualquer registo» de que a criança desaparecida no rio Tua ou outros alunos da escola tenham sido vítimas de bullying.

O presidente da associação de pais lembrou que num estudo realizado pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) há um ano e meio sobre esta problemática, a Luciano Cordeiro «foi das mais bem classificadas com inexistência deste tipo de fenómenos».

«Não estamos perante um quadro de violência generalizada», afirmou.

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