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Morte de doente recusado em três hospitais foi «negligência»

Conclusão do relatório da Inspeção-Geral da Saúde que o Centro Hospitalar ainda desconhece

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) afirmou ainda não ter recebido o relatório da Inspeção-Geral da Saúde à morte de um doente operado no hospital das Caldas da Rainha, cujas conclusões apontam para «negligência».

«O CHO não recebeu, até ao momento, o relatório final da IGAS (Inspeção-Geral das Atividades em Saúde), contendo as averiguações já realizadas», informou a administração num comunicado lido pela diretora clínica, Isabel Carvalho, sem direito a perguntas.

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O comunicado foi emitido «na sequência das notícias veiculadas pela comunicação social sobre a conclusão de uma investigação (...) relativamente aos factos relacionados com a assistência médica prestada ao utente João Brochado» e que, segundo o «Correio da Manhã», apontam para «negligência», «desprezo nas horas subsequentes à operação» e «atraso no diagnóstico do doente».

O caso remonta a 24 de fevereiro, data em que o doente faleceu no hospital de Abrantes, para onde foi transferido depois de ter sido operado à vesícula no Hospital das Caldas da Rainha.

Num comunicado emitido a 27 de fevereiro, o CHO anunciou a abertura de um inquérito ao caso do doente operado no dia 12 de fevereiro, nas Caldas da Rainha, e transferido para Abrantes dois dias depois, «dado o agravamento do estado clínico no pós-operatório» que motivou a decisão da «sua transferência para uma Unidade de Cuidados Intensivos».

No mesmo comunicado, o CHO esclareceu que a vaga [em Abrantes] foi encontrada «cerca de 30 minutos depois» de terem sido iniciados os contactos com os hospitais de Santa Maria, de Loures e de Leiria, que recusaram o doente por falta de camas nessas unidades.

No hospital de Abrantes, João Brochado esteve semana e meia internado e foi operado mais duas vezes, acabando por morrer, alegadamente de uma infeção generalizada.

Apesar de não ter tido conhecimento do relatório da IGAS, a administração do CHO sublinha no comunicado estar «totalmente disponível para continuar a colaborar« com a inspeção, entendo ser sua obrigação «contribuir para um cabal esclarecimento da situação».

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