«Ao mar, não vou mais», garante um dos pescadores que sobreviveu ao naufrágio esta quarta-feira de madrugada em Caminha.
Vítor Santos, de 59 anos, pescador há 20, disse à Lusa que, no local do acidente, o mar estava calmo, mas que de repente apareceram ondas fortes, que viraram a embarcação. O naufrágio causou um morto e dois desaparecidos.
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«Apareceram aquelas emboladas ali à nossa frente e não pudemos fazer nada. Fomos surpreendidos pelas ondas», contou o pescador.
«Agarrei-me a duas pranchas e a umas bóias e assim passei duas horas na água», contou Vítor Santos.
António Santos, de 47 anos e patrão do barco, também foi resgatado com vida e continua no hospital de Viana do Castelo por se queixar de dores, mas não corre perigo de vida.
As dificuldades dos pescadores: naufrágios demasiado frequentes
Vítor Santos queixou-se do assoreamento, que está a transformar a barra de Caminha num «cemitério». «Aquele banco de areia tem de ser removido, aquilo tem de ser levantado», apelou.
Outro naufrágio em Caminha esta quarta-feira
Este foi o primeiro acidente de Vítor Santos no mar, mas também será o último, porque o pescador garante que não conta lá voltar. A embarcação em que seguiam os cinco pescadores permanece afundada.
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