A Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) considera que o protesto dos camionistas está a «evoluir» em termos de adesão, admitindo que se possa fazer sentir com maior intensidade «por volta da hora do almoço», já que «haverá uma maior movimentação e concentração, sobretudo nas grandes cidades».
No entanto, o presidente da associação não quer fazer balanços do protesto, por enquanto. Em declarações à Lusa, Silvino Lopes, acha «prematuro», mas sabe que vários camiões circularam a uma velocidade inferior à normal em zonas como Vila Franca de Xira, Porto Alto, Aveiras e Pombal. E deixa o aviso: «Há dois anos, por esta hora, tínhamos meia dúzia de carros parados aqui e ali e nunca ninguém sonhou com a dimensão que o protesto assumiu».
PUB
Os camiões vão andar em marcha lenta até quarta-feira. Os patrões decidiram que os camionistas não devem andar a mais de 40 quilómetros/hora. Este protesto, aprovado no sábado pela associação, é uma espécie de estágio ou antevisão da paralisação prevista para 7 de Junho.
Os associados da ANTP exigem a não introdução de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), a redução em 13 por cento do custo das auto-estradas para os transportes públicos de mercadorias pesadas e a alteração do Código do Trabalho.
Reivindicam ainda do Governo a aplicação da directiva comunitária que permite a redução de oito cêntimos no litro do gasóleo e a alteração da lei das contra-ordenações.
PUB