Já fez LIKE no TVI Notícias?

Governo empenhado na Eliminação da Mutilação Genital Feminina

O respeito por outras culturas não significa a «aceitação de práticas nocivas», sustenta Elza Pais

Promover uma «mudança de valores e de práticas» é o objectivo central do segundo programa de acção sobre mutilação genital feminina, resumiu esta terça-feira, Elza Pais, a secretária de Estado da Igualdade.

Na apresentação do II Programa de Acção para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina 2011-2013, que está a decorrer na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, Elza Pais, sublinhou que o respeito por outras culturas «não significa a aceitação de práticas tradicionais nocivas» e que a mutilação genital feminina constitui uma «atroz violação dos direitos humanos».

PUB

Nos cerca de 30 países onde esta prática continua a perpetrada por mulheres significa apenas que estas mulheres são «veículos de uma cultura que as subjuga, as anula, as viola», sustenta Elza Pais.

Mudar o esquema de valores que tem sustentado a Mutilação Genital Feminina ao longo de séculos «não é fácil, mas é possível», acredita a secretária de Estado. O segundo programa de acção aposta na «formação, informação e sensibilização» de todos os profissionais de saúde.

O presidente do conselho de administração da Maternidade Alfredo da Costa, Jorge Branco, acabou por sublinhar que é na Maternidade Alfredo da Costa - o «hospital da mulher», «o lugar certo» para debater o tema.

Para todos, «mas sobretudo para os ginecologistas», sublinhou o médico, a Mutilação Genital Feminina é «uma barbaridade, muitas vezes perpetrada pela família, e tudo o que se possa fazer para progressivamente impedir que isto aconteça é um bem para a toda a Humanidade».

Antónia Almeida Santos, coordenadora do Grupo Parlamentar sobre População e Desenvolvimento, defendeu que a «tendência para criminalizar serve também para esconder». A deputada do PS reconhece que o tema é «complexo» e exige «muita sensibilidade».

Recordando que «foi preciso ir à Guiné para ter a noção» do que implica uma mutilação genital, a Antónia Almeida Santos acredita que «a prevenção, para já, é um bom caminho».

PUB

Últimas