Mais 10 mil casos de melanoma, o cancro de pele mais agressivo, podem surgir este ano em Portugal. O alerta foi feito, este sábado, por um representante da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC).
Para Osvaldo Correia, os números são «preocupantes», quer a nível nacional quer internacional, razão pela qual a «sensibilização e a prevenção» são a melhor arma contra esta doença, que regista anualmente, em média, cerca de dez mil casos em Portugal.
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O responsável, citado pela Lusa, falava à margem de um rastreio que decorreu na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, envolvendo 130 pessoas já sinalizadas pelos centros de saúde locais, das quais «30 por cento apresentaram lesões na pele, em alguns casos, graves».
Os afetados são, segundo o clínico, oriundos da classe piscatória e agricultores, «duas das profissões de risco, porque exigem por parte dos trabalhadores uma elevada exposição ao sol».
Mas o aparecimento do melanoma também está associado a exposições ao sol «intermitentes ou súbitas», como acontece no Verão, em dias de muito calor ou em férias esporádicas, disse ainda Osvaldo Correia.
Por isso, o risco de cancro de pele aumenta exponencialmente esta época, depois destes «golpes de calor», porque os índices ultra violetas também «estão no seu extremo» - como acontece neste fim-de-semana, apontou ainda.
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