Quanto à mortalidade, a taxa continua «muito elevada», refletindo o estado avançado em que os doentes com cancro do pulmão chegam ao médico.
Segundo Fernando Barata, a taxa de sobrevivência a cinco anos nos tumores do pulmão situa-se apenas nos 15% a 18%. «É muitas vezes um cancro assintomático e chega-nos já muitas vezes em formas muito avançadas e com metástases», declarou o médico que dirige o do serviço de Pneumologia B do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
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O pneumologista destaca contudo que tem havido «avanços importantes» em termos de medicação para estas fases mais avançadas da doença, conseguindo-se já uma duplicação da sobrevivência. «Há 10 anos um doente destes teria uma sobrevivência de 10 meses e hoje consegue-se uma sobrevivência de quase dois anos».
É uma questão que tem dividido especialistas, com o pneumologista a frisar que parte da constituição destes cigarros ainda é desconhecida. Para além disso, os médicos têm constatado que os fumadores usam os cigarros eletrónicos por «um ou dois meses», voltando depois ao tabaco tradicional.
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Além de «não serem uma alternativa para deixar de fumar», o especialista diz também que podem representar um passo para os mais jovens começarem a fumar. «Mesmo em grupos mais jovens que começam a fumar cigarro eletrónico, o que vemos é depois uma passagem rápida para o cigarro tradicional».
O presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão considera por isso que a cessação tabágica passa «muito mais» pelas medidas tradicionais, como consultas próprias e/ou recurso a medicação.
Em agosto, A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou proibir a venda de cigarros eletrónicos a menores de idade, por considerar que o consumo acarreta «ameaças graves» para os adolescentes e fetos. Os peritos aconselharam também proibir-se o consumo de cigarros eletrónicos em espaços públicos fechados.
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