São cada vez mais as pessoas que recorrem à consulta de risco familiar no IPO, em Lisboa. Para evitar o cancro, fazem-se exames genéticos que permitem descobrir alterações hereditárias que potenciam o aparecimento da doença. Um trabalho de intervenção junto de famílias vítimas de cancro que pode ajudar a evitar o pior.
É o caso de Lúcia, que fala dos amigos da equipa da clínica. Foi neste ambiente que tomou uma das decisões mais importantes da sua vida: depois de ter cancro da mama aos 32 anos retirou o outro peito para prevenir o regresso da doença que tanto a assustava
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Lúcia eliminou a hipótese de voltar a ter cancro e está a ajudar a sua família a gerir o risco para evitar que sofram um dia da mesma doença. Uma prevenção possível graças aos exames genéticos.
Uma intervenção na saúde que ainda é muito descriminada e incompreendida. «Os utentes que vêm beneficiar desta intervenção da saúde, justificam no local de trabalho que se deslocaram a uma unidade hospitalar. O que acontece é que são vistos aos olhos da entidade patronal como estando doentes e numa situação de precariedade laboral tem levado a que não seja renovado o contrato de trabalho, refere a assistente social Cristina de Freitas.
No IPO de Lisboa funcionam duas consultas de risco familiar: a do cancro da mama e ovário e a do cólon e recto. Ambas têm salvo vidas.
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