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Casa Pia ainda sem data marcada para alegações finais

Carlos Cruz foi ouvido esta tarde no Tribunal de Monsanto

O início das alegações finais do processo Casa Pia estava agendado para o próximo dia 20, mas a sessão desta quarta-feira, no Tribunal de Monsanto, terminou com um adiamento dessa fase do processo. E ainda não há uma data marcada. Em causa está a realização de várias diligências, segundo explicou a presidente do colectivo de juízes, Ana Peres.

O arguido Manuel Abrantes, antigo provedor adjunto da instituição, ainda vai ser ouvido, tal como deverá acontecer com a enfermeira Isabel Guerra, testemunha de defesa arrolada por Ferreira Dinis.

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Na 400ª sessão do julgamento, realizada esta quarta-feira Carlos Cruz apresentou diversas facturas de portagens, restaurantes, multibanco e outros documentos relativos aos domingos do terceiro trimestre do ano 2000, entre 8 Outubro e 24 de Dezembro. No final, o arguido recusou prestar quaisquer declarações aos jornalistas.

Outros dos arguidos, o antigo embaixador Jorge Ritto, apesar de não se ter pronunciado, solicitou a leitura de declarações que fez na altura da instrução do processo. Nelas, negou ter praticado abusos sobre as alegadas vítimas e, referindo-se aos seus hábitos sexuais, apontou mesmo algumas limitações de saúde para a prática de certos actos.

A próxima sessão está marcada para o dia 20, às 9:30. Nesse dia deverá ser ouvida a enfermeira Isabel Guerra. Esta tarde era aguardado pelo tribunal um fax da Ordem dos Enfermeiros, sobre a possibilidade de ser levantado o sigilo profissional a que está sujeita, de forma a ser ouvida. Esse documento não chegou até ao final da sessão.

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No dia 21, deverá ser a vez de falar Manuel Abrantes, após uma solicitação nesse sentido feita esta tarde pela sua defesa.

Até ao dia 27 estavam já marcadas sessões para alegações, que deverão ser preenchidas com as diligências que faltem concluir. Findas estas, deverá ser anunciada a data para o início daquelas.

«O resto é imaginação»

Apesar do adiamento das alegações finais, anunciado por parte de Ana Peres, de forma a que sejam concluídas as diligências relativas ao julgamento, o advogado das crianças da Casa Pia considerou que «os assistentes há muito tempo que terminaram a produção da sua prova».

«Não temos mais nenhuma diligência. Esperamos é que não surja mais nenhuma hipótese de diligência», disse Miguel Matias aos jornalistas, no final da sessão. «Neste momento, nada justifica que as alegações não comecem. Penso que do ponto de vista material e do ponto de vista do que interessa a este julgamento a prova está feita e as alegações podem começar. O resto é imaginação».

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