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Covilhã: homens recebidos com apupos no tribunal

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Vítima foi amarrada a uma viatura e ao gradeamento de um café

Quatro jovens detidos domingo pela Polícia Judiciária (PJ) na sequência da morte de um homem em Borralheira de Orjais, Covilhã, foram hoje recebidos com palavras de ordem e alguns apupos no tribunal da cidade.

Os suspeitos chegaram ao tribunal em duas viaturas pouco depois das 10:30.

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Segundo fonte da PJ, estão a ser sujeitos a um primeiro interrogatório a que se poderá seguir a aplicação de eventual medida de coacção.

A vítima, de 42 anos e residente na aldeia, foi encontrada morta pelas 06:20 de domingo, amarrada a uma viatura e ao gradeamento de um café no centro de Borralheira de Orjais.

Era considerada como uma pessoa indefesa pela PJ da Guarda, que remete mais esclarecimentos para um comunicado que será emitido após os interrogatórios judiciais em curso.

Habitantes da aldeia e familiares dizem que o indivíduo terá sido alvo de uma brincadeira de um grupo.

A mãe de um dos jovens detidos disse esta manhã à Agência Lusa que havia mais pessoas para além dos quatro detidos num grupo que se juntou à porta do café central da aldeia, depois de este ter encerrado, entre os quais pelo menos uma pessoa de cerca de 40 anos.

No grupo, que terá continuado a consumir bebidas alcoólicas, estaria a própria vítima que acabou por ser amarrado por brincadeira e depois abandonado.

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«Quem lá passou disse que, entre as quatro e cinco da manhã, aquilo era uma tourada», acrescentou outro residente.

As causas da morte só vão ser determinadas durante a autópsia, a realizar no Hospital da Covilhã, onde se encontra o corpo da vítima.

Esta manhã, algumas dezenas de populares juntaram-se à porta do tribunal da Covilhã, onde gritaram palavras de ordem como «assassinos» ou pedindo a alguns dos jovens que mostrassem a cara quando entravam.

Nos corredores juntaram-se familiares dos quatro suspeitos e da vítima, todos visivelmente consternados.

«Eu quero que se faça justiça», disse à Agência Lusa, António Jesus, irmão da vítima. «Ele era uma pessoa pacata, não fazia mal a ninguém», descreve, recordando que esteve com o irmão, pela última vez, na sexta-feira.

Divorciado e sem filhos, a vítima prestava serviços como pedreiro a quem o contratava.

Entretanto, segundo Mário Bento, coordenador da PJ da Guarda, para além dos quatro suspeitos, os inspectores que investigam o caso, também identificaram mais três pessoas.

Adiantou que os suspeitos «são filhos de emigrantes e outros residem na aldeia».

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