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Carteiro julgado por roubar correspondência

14 pessoas roubaram cheques no valor de mais de 118 mil euros

Um carteiro de Gaia e 13 alegados cúmplices estão acusados pelo Ministério Público (MP) de roubar 336 cheques emitidos pela Segurança Social, num valor global de 118.656,06 euros, disse hoje à Lusa fonte judicial.

No centro deste processo está o carteiro Acácio S., do Centro de Distribuição Postal (CDP) de Gaia, que alegadamente trabalhava à comissão com os seus «colaboradores», na maioria habitantes de zonas pobres do Porto.

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A acusação do MP, a que a Lusa teve hoje acesso, especifica que o carteiro ficava com metade do valor dos cheques e os que os levantavam, ou endossavam em alguns casos falsificando assinaturas, com os restantes 50 por cento.

Todos agiram, segundo o MP, «de forma organizada e planeada, ao se apropriarem de cheques (...) auferindo, desta forma, de elevados ganhos pecuniários».

Só um dos arguidos levantou ou endossou 63 cheques, no valor global de 21.505,19 euros, enquanto que outro movimentou 66 cheques, no total de 18.940,81 euros.

Os 14 arguidos são formalmente acusados de crimes que vão desde o roubo e peculato, à falsificação e burla.

Todos os cheques foram emitidos pelo Centro Regional de Segurança Social do Norte, mas respeitavam a abonos diversos, desde prestações familiares a subsídios de sobrevivência, doença ou desemprego.

Os crimes foram cometidos entre Abril de 2001 e Outubro de 2003.

Acácio S. estava adstrito ao CDP 4430, da Avenida da República, em Gaia, mas também tinha acesso a cartas com cheques em tratamento no CDP 4400, das Devesas, também em Gaia, que distribui a correspondência para todos os distritos a norte do Rio Douro e parte do distrito de Aveiro.

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Segundo a acusação, «a inexistência de um rigoroso controlo no tratamento da correspondência» permitiu um movimento dos objectos postais do CDP 4400 para o CDP 4430, e vice-versa, facilitando os crimes do carteiro.

Ainda assim, Acácio S. tomava algumas cautelas, tapando uma câmara de vigilância com uma mão, enquanto usava a outra para roubar as cartas com cheques.

Uma fonte judicial disse à Lusa que o julgamento deste caso está ainda por marcar.

A fonte admitiu, contudo, que se realize a partir de Janeiro do próximo ano na comarca do Porto.

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