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Casa Pia: tribunal dá como provados factos contra todos os arguidos

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O colectivo de juízes do processo Casa Pia interrompeu ao início da tarde, pelas 13:08, a leitura do resumo da sentença para um período de almoço. O tribunal já como provados factos relativamente a todos os sete arguidos e considerou que os arguidos agiram conscientes do prejuízo para as vítimas.

No caso de Carlos Cruz, o tribunal deu como provado o abuso sexual a dois menores ocorrido em Lisboa, no prédio da Avenida das Forças Armadas. Ainda relativamente a este arguido, o colectivo de juízes considerou ainda provado o pagamento a Carlos Silvino para fornecimento de menores. Pelos menos, cinco dos crimes contra Carlos Cruz já foram dados como provados.

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Veja aqui os vídeos do dia: as declarações, o aparato policial e a reacção dos arguidos

O colectivo presidido por Ana Peres, coadjuvada por Lopes Barata e Ester Santos, está a proferir a decisão sobre a inocência ou culpa dos sete arguidos, acusados de crimes de abuso sexual, acto sexual com adolescente e lenocínio, entre outros.

Em tribunal respondem os arguidos Carlos Silvino, ex-motorista da Casa Pia, o ex-provedor da instituição Manuel Abrantes, o médico João Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal, o apresentador de televisão Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto e Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais.

O início da sessão, que decorre no Campus da Justiça, em Lisboa, estava marcada para as 09:30, mas começou às 10:48. Chega assim ao fim o julgamento do processo Casa Pia, quase seis anos depois de ter começado.

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À chegada a tribunal, alguns arguidos confessaram estar convictos de que iriam ser condenados. Veja aqui todas as declarações e os vídeos que fazem o filme desta manhã no Campus da Justiça.

Pouco depois das 12:00 a juíza Ana Peres interrompeu a sessão para um pequeno intervalo. À saída Manuel Abrantes declarou: «Não estava à espera deste tipo de factos provados», numa primeira reacção.

Carlos Cruz recusou falar aos jornalistas portugueses, mas, quando questionado por uma repórter estrangeira, afirmou: «Quero começar ou continuar a provar a minha inocência».

O arguido Hugo Marçal optou por ironizar na sua reacção aos dois factos contra si que foram dado como provados. «Espero que a opinião pública fique muito satisfeita, que façam festas, promovam jantares como a Dra. Catalina Pestana fez para as comemorar condenações, divirtam-se», disse aos jornalistas. O advogado criticou esta «forma de silenciar as pessoas» e considera que «não foi feita justiça». «Só porque eu abri a porta ao Carlos Cruz num sítio onde nunca na vida estive», garantiu.

A única vítima do processo que aceitou dar a cara também prestou declarações durante o intervalo e assumiu: «Estou confiante que vão ser condenados» .

Pedro Namora também comentou a leitura da sentença e descreveu o ambiente na sala de audiências: O banco onde estamos todos até treme.

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