O advogado de Manuel Abrantes lamentou a condenação do seu cliente a cinco anos e nove meses de prisão, reservando-se ao direito de recorrer.
«Na opinião pública gera-se a ideia que tem de haver condenações nestes processos. Há um pouco a sensação de que tem de haver condenações para que a justiça funcione, mas isso não é verdade. Tanto funciona quando condena, como quando absolve», disse aos jornalistas.
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Para Paulo Cunha e Sá, esta sentença foi «um péssimo serviço à imagem da Justiça» e a «negação do Estado de direito democrático».
«Temos de fazer uma reflexão profunda acerca da Justiça. Por que é que alguém que é acusado no final de 2003 da prática de quase cem crimes afinal só vem a ser condenado por dois crimes?», questionou, referindo-se a Manuel Abrantes.
O causídico sublinhou que está «quase» a alcançar o objectivo da absolvição total do seu cliente. «Começou por ser acusado de 90 e muitos crimes, na fase de instrução conseguimos reduzir para 51 e agora vêm a condená-lo por dois crimes. Por dois crimes...», repetiu.
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