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300 milhões para construir Cidade do Cinema na margem Sul

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Emigrante português radicado na Califórnia quer trazer os grandes estúdios para Portugal

No dia em que Cavaco Silva pediu aos emigrantes para ajudarem Portugal, durante as comemorações do 10 de Junho, eis que surge o primeiro sinal de investimento no nosso país. Trata-se da Cidade do Cinema, que deverá nascer na margem Sul. Um projecto de cerca de 300 milhões de euros, liderado pelo emigrante na Califórnia Carlos De Mattos, e que deverá criar 4000 postos de trabalho directos.

Cavaco Silva pede a emigrantes para ajudarem Portugal

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A informação foi confirmada ao PortugalDiário por Eduardo Martins, parceiro de negócio do investidor, que anunciou, ainda, a intenção de «erigir um pólo universitário no local, para ajudar a desenvolver a indústria cinematográfica em Portugal». A localização na margem Sul do Tejo é favorecida pelo novo aeroporto de Lisboa, bem como a ligação ao TGV, sendo que intenção é atrair os grandes estúdios de Hollywood a filmar neste espaço.

«Considero que Portugal é uma segunda Califórnia. Muitas vezes os realizadores de Nova Iorque têm de ir à Califórnia para filmarem, porque estão à procura do sol. Pois bem, Portugal tem todas as condições para receber estas mesmas produções, mas é preciso criar infra-estruturas. Queremos atrair investimentos europeus e americanos, mas o Estado português também deve ter uma palavra a dizer», referiu Carlos De Matos, um dos agraciados com Prémio COTEC de Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, entregue pelo Presidente da República, em Viana do Castelo.

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Vale a pena ser português

Carlos De Mattos fundou uma empresa cinematográfica nos Estados Unidos da América, em Hollywood, a CDM Intercative, que fabrica e comercializa equipamentos, em particular sistemas de iluminação, para filmagens e espectáculos. Já recebeu dois Óscares e é amigo de Steven Spielberg, George Lucas e do clã Kennedy, embora tenha entrado com sucesso na indústria através da influência do mestre japonês Akira Kurosawa.

O empresário português diz que a sua ligação a Portugal sempre o favoreceu nos negócios, desde que chegou a Los Angeles, quando tinha 18 anos. A nacionalidade permitiu-lhe abrir portas, descrever conquistas históricas e descrever a grandiosidade dos feitos de um tão pequeno país.

Agora, que tem capital para colocar investimento no território, diz sentir-se na «obrigação de ajudar. O seu coração e família já estão quase todos na Califórnia, mas em Portugal quer ter, agora, mais do que «uma penthouse», onde passa algum tempo. O projecto Cidade do Cinema («Cinema City», como gosta de dizer) é o exemplo de trajecto para o futuro.

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Ligações na Austrália

Cavaco Silva também entregou o Prémio Empreendedorismo COTEC a Fernando Ferreira, que é proprietário da maior empresa de cofragem da Austrália, a Wideform, que opera em betão armado, na construção civil e obras públicas. É, também, um exemplo de sucesso.

Natural de Vouzela, viu-se obrigado a sair do país para poder vencer nos negócios. «Pode dizer-se que sou um empresário de insucesso em Portugal e de sucesso fora do meu país», referiu, durante a cerimónia de entrega do prémio. Hoje, está «entre as 300 maiores empresas privadas da Austrália» e prepara-se para lançar investimentos em Timor e Portugal, desenvolvendo estratégias com a Martifer, que levará para a Austrália, tendo em vista o investimento nas energias renováveis.

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