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Partidos não ajudam a «aprofundar democracia»

Candidato à liderança do PSD, Pedro Passos Coelho apela a Cavaco Silva para lançar debate no 25 de Abril

O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho disse esta segunda-feira esperar que o Presidente da República, Cavaco Silva, lance no 25 de Abril um debate sobre o papel dos partidos e a qualidade da democracia portuguesa.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Passos Coelho salientou que a campanha para as eleições directas do PSD vai iniciar-se «na semana do 25 de Abril, numa data simbólica, em que se assinalam 34 anos de democracia».

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«Há uma necessidade muito forte de os partidos alterarem o seu posicionamento face ao Estado, os partidos não têm conseguido ser motor de um aprofundamento da democracia», considerou.

Passos Coelho acrescentou que tem uma «expectativa muito forte de que nestas comemorações do 25 de Abril estes temas - o reforço do papel dos partidos, como representação e organização da vontade dos cidadãos e não como veículos de mera conquista do poder - possam afirmar-se».

Presidente deve ser catalisador

«O Presidente da República, pelo magistério de independência e de isenção que tem evidenciado, tem uma autoridade especial para funcionar como um catalisador deste despertar de consciências que os partidos devem assumir», defendeu o candidato à liderança do PSD.

«O 25 de Abril e as eleições no PSD são uma oportunidade para o aprofundamento da democracia que não deve ser desperdiçada», reforçou.

De acordo com Pedro Passos Coelho, 34 anos depois do 25 de Abril, Portugal ainda tem «um longo caminho a percorrer» em termos de «qualidade democrática».

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Para ser uma sociedade «profundamente democrática» falta, na sua opinião, «assegurar sobretudo ao nível da justiça e da segurança um programa mínimo que dê tranquilidade às pessoas» e é preciso um exercício do poder em que o Governo não se confunda com o Estado.

«As maiorias que ganham circunstancialmente acham-se com demasiado à vontade para fazer essa confusão entre Governo e Estado. Uma coisa é o Estado, outra os que circunstancialmente o representam», frisou.

Segundo Passos Coelho, o Estado tem sido «construído muito por oposição aos cidadãos e à sociedade civil, um Estado demasiado poderoso relativamente aos cidadãos».

«O Governo PS em particular tem dado azo a que as pessoas sintam que o Estado se mete demasiado onde não deve e parece não estar sujeito ao cumprimento das leis tanto quanto o impõe aos cidadãos», criticou.

PP

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