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Bispos querem fim de «remunerações e pensões exorbitantes»

Conferência Episcopal Portuguesa considera que se devem corrigir os desequilíbrios existentes

Os bispos exigiram esta quinta-feira o fim de «remunerações, pensões e recompensas exorbitantes». Os membros da Igreja defendem que as medidas de austeridade devem ser acompanhadas pela correcção de «desequilíbrios inaceitáveis e de provocantes atentados à justiça social», de acordo com a Lusa.

«É hora para pôr cobro à atribuição de remunerações, pensões e recompensas exorbitantes, ao lado de pessoas a viver sem condições mínimas de dignidade», pode ler-se no comunicado final da 176.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que terminou esta quinta-feira em Fátima.

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O documento, lido parcialmente pela voz da CEP, padre Manuel Morujão, sustenta que «as medidas de austeridade, para merecerem acolhimento benévolo dos cidadãos, têm de ser acompanhadas de forte intervenção na correcção de desequilíbrios inaceitáveis e de provocantes atentados à justiça social».

«Lucros indevidos, meros proveitos eleitorais e resultados oportunistas não servem a recuperação nacional», acrescenta o comunicado.

Organizações da Igreja ajudarão com alimentação, saúde, vestuário ou habitação

Conscientes da grave crise que o país atravessa, os bispos exortam os portugueses a enfrentá-la «com espírito patriótico de coesão responsável entre forças políticas, agentes económicos, organismos sociais, movimentos culturais, comunicação social e cada cidadão como participante activo».

«O bem comum da nação assume prioridade nos critérios da construção do nosso futuro», defendem, lembrando que «todos devem sentir-se responsáveis pelas causas motivadoras da actual situação, uma vez embarcados no consumismo do supérfluo e seduzidos pelos bens materiais como centro de uma vida feliz».

A CEP compromete-se ainda «a um trabalho de coordenação e articulação dos diversos organismos eclesiais presentes em cada diocese, para corresponderem com qualificada vitalidade e competente prontidão às situações dos mais desfavorecidos».

Os bispos garantem ainda que «as organizações da Igreja ajudarão a complementar a resposta assistencial» ao nível da alimentação, saúde, vestuário ou habitação com ofertas de promoção humana e de intervenção social, pela mediação entre estruturas, como autarquias, Estado ou fundações.

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