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Plataforma Anti-NATO promete protesto pacífico

No entanto, activistas não podem garantir que não surjam «infiltrados»

Contra uma aliança que afirmam não ganhar guerras nem adiantar para a paz, os activistas da Plataforma Anti-Guerra Anti-NATO (PAGAN) vão ser em Portugal agentes do protesto não violento contra a realização da cimeira deste fim-de-semana.

Em entrevista à Agência Lusa, um dos dinamizadores da PAGAN, Vítor Lima, afirmou que a ideia da Plataforma é protestar pacificamente, manifestando-se na rua, e contribuir para a discussão das razões da existência da NATO numa contra-cimeira, que se realiza paralelamente à cimeira da Aliança Atlântica.

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Questionado sobre as expressões de violência que por vezes acompanham as manifestações contra organizações como a NATO, Vítor Lima é categórico: «Não temos nada a ver com essas coisas.»

«Mas não temos meios para evitar se alguém se quiser infiltrar e provocar danos e tomar atitudes violentas. Se soubermos que está algures um indivíduo com a cara tapada ou com pedras na mão, procuramos demarcarmo-nos e afastarmo-nos, como é óbvio. Não estamos interessados em ser conotados com acções violentas», ressalvou.

A PAGAN aposta sim na «desobediência civil», ou seja, «acções mediáticas, divertidas, feitas de surpresa, para que as pessoas sintam qual é o problema».

Um exemplo é a «flash mob» marcada para quinta-feira na estação do Rossio, em Lisboa, em que quem responder ao apelo deve concentrar-se no local e a uma hora determinada deitar-se em silêncio no chão, assim ficando durante alguns minutos, para simular o aspecto de um local bombardeado pejado de cadáveres.

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Na quinta-feira, a organização europeia No to War No to NATO vai demonstrar no Rossio técnicas desta «desobediência civil», instruindo os interessados em protestar para conseguirem levar a cabo «acções não violentas» e ao mesmo tempo resistir à «tensão» do confronto com a polícia.

O apelo da PAGAN tenta passar a mensagem de que a NATO «é um problema global», sem deixar de apontar as ramificações que dizem respeito a Portugal, um país que «não tem inimigos nem conflitos de nenhuma espécie».

«Porquê toda esta preocupação recente de reequipamento militar?», questionou Vítor Lima, apontando a compra de submarinos, aviões ou blindados como gastos «irracionais» para um país em que «estão a cortar os abonos de família para as crianças».

A explicação avançada pela PAGAN é que existe necessidade de «escoar a produção militar da União Europeia e dos Estados Unidos».

Para a Plataforma, a questão não é se Portugal deve sair da NATO, mas antes se deve existir de todo uma aliança que «não consegue ganhar uma guerra num país pobre, sem grandes recursos militares», como o Afeganistão e sem a qual «o mundo seria mais seguro».

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