Três professores de um colégio em Coimbra, que aderiram à greve geral em Novembro, estão a ser pressionados pela direcção para justificarem a ausência ao trabalho naquele dia, sob pena de incorrerem em falta injustificada e infracção grave.
«Em Janeiro, recebemos uma carta do director do colégio a dizer que seria marcada falta injustificada e considerada infracção grave, por não termos ainda apresentado uma justificação», disse à agência Lusa um dos visados por esta situação, que se passa no Colégio de São Teotónio.
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A mesma fonte acrescentou que, em resposta, alegou o direito à greve, o que implica não ter de dar qualquer justificação para aquele dia, 24 de Novembro de 2011, abrangido por um pré-aviso de greve.
O director terá dito que respeita o direito à greve, mas que duvida da não necessidade de justificação nas actuais circunstâncias. Convidou ainda os docentes a apresentarem as suas razões de queixa para com a entidade patronal para depois decidir o que fazer, em função da resposta.
«Voltei a dizer que não tinha nada a justificar», referiu a fonte, considerando a insistência uma forma de pressão para evitar que futuramente outros docentes aderiram a paralisações: «Para mim é uma atitude intimidatória e ilegal».
A agência Lusa contactou a Federação Nacional dos Professores (FENPROF), que condenou a atitude do director e se manifestou disponível para levar o caso até às últimas consequências.
«O comportamento desse senhor é o de um fascista», disse o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, garantindo que o Sindicato dos Professores da Região Centro tenciona apresentar queixa na Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Mário Nogueira considerou ainda mais grave o facto de se tratar de um colégio com contrato de associação com o Estado, do qual recebe financiamento.
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