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Escolas militares têm cada vez menos alunos

Decréscimo deve-se à falta de condições oferecidas, como o congelamento de promoções, segundo o vice-presidente da Associação dos Oficiais

O decréscimo do número de alunos das escolas militares que seguem a carreira deve-se à falta de condições oferecidas, nomeadamente pelo congelamento de promoções, segundo o vice-presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas.

Os alunos que completam os estudos em escolas como o Colégio Militar, os Pupilos do Exército ou o Instituto de Odivelas «têm alimentado as Forças Armadas» ao longo dos anos, mas a tendência inverteu-se nos últimos dois a três anos, admitiu o comandante Rodrigues Marques, em declarações à Lusa, nesta terça-feira.

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«Verifica-se nos últimos anos um decréscimo dessa tendência e a razão é fundamentalmente pelas condições que as Forças Armadas oferecem neste momento aos jovens», argumentou.

O Diário de Notícias avança hoje que as três academias das Forças Armadas e o instituto que forma a PSP receberam apenas 11 alunos oriundos das escolas militares nos três últimos anos letivos.

«Nos últimos anos, as Forças Armadas têm sido afetadas por um conjunto de medidas que não as tornam atrativas», porque «estão permanentemente a ser alteradas as perspetivas de carreira ao ponto de não sabermos sequer o que é o futuro», explicou o representante dos oficiais.

Sublinhando que o objetivo dessas escolas não é alimentar as Forças Armadas, Rodrigues Marques admitiu que muitos alunos do Colégio Militar e dos Pupilos do Exército optaram pela carreira militar e, «neste momento, distribuídos por várias faixas etárias, são centenas os militares oriundos desses colégios».

Quanto à possibilidade, recentemente anunciada, de fundir as três escolas militares, o vice-presidente da associação considera não ser uma boa solução.

«Se estivermos a falar em fusão da entidade que supervisiona os colégios, poderá ser uma medida eficiente. Agora juntar três colégios que têm origens diferentes, que têm uma razão diferente, um colégio que é direcionado para alunas do sexo feminino, outros dois para alunos do sexo masculino, um com uma tendência muito mais técnica do que outro, não parece ser uma boa solução», concluiu.

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