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Tecnologia portuguesa rumo ao espaço

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Laboratório espacial europeu, Columbus, parte hoje

O novo laboratório espacial europeu Columbus parte esta quinta-feira para a Estação Espacial Internacional a bordo do Atlantis, levando a bordo tecnologia portuguesa totalmente concebida pelo grupo Efacec, segundo fonte da empresa.

«É uma bandeira a nível nacional, porque é a primeira vez que um voo espacial integra tecnologia portuguesa de raiz. E para nós também é muito importante, porque significa um poço de conhecimento numa área de ponta», disse à agência Lusa o administrador executivo do grupo Efacec Alberto Barbosa.

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Denominado EuTEMP, o equipamento espacial foi integralmente concebido e produzido pela Efacec, certificado pela NASAa e Agência Espacial Europeia (ESA), e vai integrar a missão que começa hoje com a partida da nave espacial "Atlantis" do Cabo Canaveral, na Florida (EUA), para a Estação Espacial Internacional.

«É a primeira vez que vai ser instalado [no espaço] um módulo, em que todo o processo, desde a concepção até ao desenvolvimento, passando pelo projecto, hardware e software, electrónica e mecânica, foi totalmente produzido em Portugal pelos engenheiros da Efacec», frisou Alberto Barbosa.

O EuTEMP será montado na parte externa do módulo europeu Columbus, com o objectivo de medir a temperatura num «momento crítico»: quando o astronauta sai para a montagem no próprio Columbus da Plataforma de Experiências Externa da ESA (EuTEF), dedicada à demonstração em órbita de tecnologias espaciais.

«O equipamento vai permanecer bastante tempo no espaço, mas o momento crítico da sua função é durante a montagem do Columbus, durante duas ou três horas, altura em que vai medir as variáveis físicas, a temperatura de vários pontos, uma fase em que a temperatura pode descer a valores muito baixos», explicou.

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Evitar o imprevisível?

Apesar das simulações que têm em consideração os fluxos térmicos, podem surgir situações imprevisíveis, havendo por isso necessidade de monitorizar as temperaturas dos vários instrumentos da plataforma, acrescentou.

Concebido durante mais de dois anos, o EuTEMP é uma unidade de medida e aquisição de temperatura de pequenas dimensões, autónoma e alimentada por baterias, que foi construído de modo a resistir às temperaturas do ambiente espacial pelo menos durante diversos dias após o seu lançamento.

O EuTEMP transmitirá os dados para a Terra, através do Columbus, e foi construído para se manter três anos no espaço, podendo funcionar isolado durante 30 dias.

A partir de agora, além dos laboratórios norte-americano e russo, a Estação Espacial Internacional passa também a ter um laboratório europeu, cuja construção começou em 1992 com um custo de 1,3 mil milhões de euros, onde podem ser feitas várias experiências na área da biotecnologia e medicina, entre outras.

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