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Duarte Lima: «É uma decisão brutal e imerecida»

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Convencido de que ia ser absolvido no caso Homeland, ex-líder parlamentar do PSD saiu condenado a 10 anos de prisão, mas pelo próprio pé, uma vez que vai recorrer da sentença

Duarte Lima saiu pelo seu próprio pé do Campus de Justiça, uma vez que, como os advogados vão recorrer, não cumpre, pelo menos para já, a pena que lhe foi atribuída. Recusando estar a fazer-se de vítima, como referiu a juíza no acórdão com mais de 400 páginas, disse que está apenas a falar verdade: «Não me estou a vitimizar , estou a falar de factos objetivos e de cabeça levantada como sempre fiz neste tribunal». Sobre o seu filho, Pedro Lima, que foi absolvido, disse que fica «feliz» por ele. . O condenado diz que foi precisamente ao contrário: «O meu filho foi claramente utilizado como um instrumento contra mim, para me diminuir e fazer disto um caso político pelas funções que eu exerci no passado e que não têm nada a ver com este negócio».

A sentença ao caso Homeland surpreendeu Duarte Lima, que foi condenado a 10 anos de prisão. À saída do tribunal, no Campus de Justiça, o ex-líder parlamentar do PSD classificou a sua condenação não com um, mas vários «erros» e anunciou que vai recorrer.

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«Verifico infelizmente que esta decisão é uma decisão com profundos e clamorosos erros de facto e jurídicos que os meus advogados irão contestar perante tribunais superiores». «É uma decisão brutal e imerecida»

Confessou aos jornalistas que pensava que ia ser absolvido: «Quando aqui entrei hoje (...) disse que se a decisão espelhasse a verdade dos factos do que na realidade aconteceu e do julgamento durante cerca de ano e meio, o resultado seria outro».

Duarte Lima frisou que o que estava em causa o julgamento era um «alegado engano ao BPN» e lembrou que «foi aqui dito por representantes do BPN - e  foram sete - que nenhum deles se sentiu enganado e que tiveram conhecimento de todos os dados para o financiamento» em causa.

«Se o negócio correu mal deveu-se à crise imobiliária e à derrocada do BPN. E não admito ser erigido como uma pessoa que pôs o BPN na situação em que o BPN está».

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O tribunal alegou que Duarte Lima «serviu-se do próprio filho» para praticar os crimes

Contestou a juíza Filipa Valentim, que ao ler o acórdão utilizou palavras duras para classificar a atuação de Duarte Lima. Entre elas que se valeu «da influência para enganar o BPN» e que se «serviu do filho para viabilizar o negócio».

« Não há nenhuma prova feita em julgamento – e faço apelo à memória de todas as pessoas que estejam aqui presentes -, mostrem-me um documento em que eu tenha exercido a minha influência política», atirou.

 

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