A sentença ao caso Homeland surpreendeu Duarte Lima, que foi condenado a 10 anos de prisão. À saída do tribunal, no Campus de Justiça, o ex-líder parlamentar do PSD classificou a sua condenação não com um, mas vários «erros» e anunciou que vai recorrer.
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«Verifico infelizmente que esta decisão é uma decisão com profundos e clamorosos erros de facto e jurídicos que os meus advogados irão contestar perante tribunais superiores». «É uma decisão brutal e imerecida»
Confessou aos jornalistas que pensava que ia ser absolvido: «Quando aqui entrei hoje (...) disse que se a decisão espelhasse a verdade dos factos do que na realidade aconteceu e do julgamento durante cerca de ano e meio, o resultado seria outro».
Duarte Lima frisou que o que estava em causa o julgamento era um «alegado engano ao BPN» e lembrou que «foi aqui dito por representantes do BPN - e foram sete - que nenhum deles se sentiu enganado e que tiveram conhecimento de todos os dados para o financiamento» em causa.
«Se o negócio correu mal deveu-se à crise imobiliária e à derrocada do BPN. E não admito ser erigido como uma pessoa que pôs o BPN na situação em que o BPN está».
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Contestou a juíza Filipa Valentim, que ao ler o acórdão utilizou palavras duras para classificar a atuação de Duarte Lima. Entre elas que se valeu «da influência para enganar o BPN» e que se «serviu do filho para viabilizar o negócio».
« Não há nenhuma prova feita em julgamento – e faço apelo à memória de todas as pessoas que estejam aqui presentes -, mostrem-me um documento em que eu tenha exercido a minha influência política», atirou.
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