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Sete anos de prisão por crimes «cobardes» contra idosos

Esta foi a pena máxima aplicada a um dos arguidos. Outros três foram condenados a três anos, quatro anos e meio e cinco anos, mas com penas suspensas

O Tribunal Judicial de Famalicão condenou hoje a sete anos de prisão um dos arguidos num processo de roubos violentos em residência de idosos, crimes classificados pelo juiz presidente do coletivo como «cobardes e infames».

Outros três arguidos, a quem o tribunal entendeu aplicar o regime penal especial para jovens, foram condenados a três anos, quatro anos e meio e cinco anos, com penas suspensas por iguais períodos.

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No banco dos réus estavam mais dois arguidos, que foram condenados pelo crime de recetação, um deles a 250 dias de multa à taxa diária de cinco euros e o outro, dono de uma loja de compra e venda de ouro na cidade de Braga, a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa.

Em relação aos autores dos roubos em residências de idosos, o juiz presidente disse que aquele é «o crime que está na moda» e criticou severamente a atuação «cobarde e infame» dos arguidos.

«Não olharam a meios para obterem o que pretendiam. Chegaram a espancar uma senhora de 80 e tal anos, para obterem 10 euros», referiu o juiz, sublinhando que os arguidos escolhiam os idosos para vítimas, atacando-os a meio da noite, quando eles se encontravam na cama.

Aos recetadores, o juiz apontou-os como os «motores» daquele tipo de crimes. «Estes crimes só fluorescem porque há pessoas como os senhores», criticou.

Dirigindo-se concretamente ao dono de uma loja de compra e venda de ouro da cidade de Braga, apontou a sua «aparência socialmente correta», manchada quando «nas traseiras do estabelecimento ou à noite recebem produtos de crimes para engrossarem o seu património».

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Um dos roubos registou-se na madrugada de 16 de fevereiro de 2012, sendo a vítima uma mulher de 84 anos, que vivia sozinha.

Os assaltantes partiram uma janela com uma chave de fendas, entraram na casa, arrastaram a idosa pelo chão, deram-lhe socos e pontapés e, sob ameaças de morte, exigiram-lhe ouro e dinheiro.

Remexeram a casa toda, mas apenas encontraram 10 euros. Antes de saírem, fecharam a mulher à chave.

Na madrugada de 24 de abril, o alvo dos assaltantes foi a residência de um casal de idosos, ambos com 81 anos, moradores em Nine, Famalicão.

O homem ofereceu resistência e mordeu na mão um dos assaltantes, tendo este «respondido» com vários socos na cara do idoso, deixando-o a sangrar.

Roubaram vários objetos em ouro, num valor superior a 5000 euros, além de 100 euros em dinheiro, tendo ainda «petiscado» na residência e levado comida e bebida que havia no frigorífico.

Cortaram a linha telefónica, fecharam a casa à chave e levaram a chave com eles.

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No mesmo dia, pediram ajuda a outro arguido para se verem livres do ouro, tendo-lhes sido indicada uma loja na cidade de Braga, cujo proprietário, segundo o Ministério Público, lhes terá pago 720 euros por todo o material roubado.

Neste processo, foram ainda julgados assaltos à igreja paroquial, capela do Bom Jesus e sede dos escuteiros de Couto de Cambezes, Barcelos.

Os arguidos foram detidos a 30 de maio pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Barcelos, que lhes apreendeu quatro anéis e uma aliança em ouro, bem como duas armas de alarme e uma faca, alegadamente usadas para ameaçar as vítimas.

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