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Velocidade não perigosa, mas defensiva

O Autódromo do Estoril recebe forças de segurança nacionais para cursos de condução defensiva e avançada

A condução nem sempre é tão fácil como parece, há técnicas a ter em conta para que à velocidade esteja aliada à segurança. Neste sentido, dias 28, 29 e 30 de Julho, decorrem, no Autódromo do Estoril, cursos de condução defensiva e avançada, abertos a todas as forças de segurança nacionais.

O Centro de Técnicas Policiais, em conjunto com o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), organizou cursos de formação na área da condução, que «permite às forças de segurança adquirirem conhecimentos, de modo a conduzirem com segurança para eles e para terceiros», explicou ao tvi24, o presidente do Sinapol, Armando Ferreira.

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«É uma mais-valia para todos eles e para todos os cidadãos de Portugal», salientou o presidente.

Iniciativa com boa vontade

Uma equipa de formandos composta por 26 elementos, pertencentes à PSP, GNR, guardas nocturnos e bombeiros, puseram, esta quarta-feira, mãos ao volante e prego a fundo, numa condução veloz mas defensiva, orientada por instrutores formados, num curso de 96 horas, em condução avançada, prestando a formação gratuitamente.

A iniciativa coube ao Sindicato Nacional da Polícia e ao Centro de Técnicas Policiais e contou com o apoio de alguns patrocinadores, como a Goodyear, que fornece os pneus, a Siva que faculta alguns dos carros, a Zurich que apoia com os seguros e o Autódromo do Estoril que faculta o espaço. Como apoio e como manda o protocolo, estiveram também presentes dois bombeiros voluntários de Cacilhas, que também faziam parte da formação.

«É uma mais-valia para mim e para depois passar os conhecimentos que eu aqui vou adquirir aos meus colegas», disse António Dominguinhos, bombeiro de Cacilhas.

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Leonel Santos, elemento da PSP, decidiu tirar o curso para melhorar o currículo e adquirir experiência ao nível da condução. «Quanto mais formação tivermos melhor», afirmou o formando.

Abdicar do tempo livre para formação

Para estarem presentes na formação, todos os elementos, inclusive os instrutores, tiveram que abdicar de folgas ou mesmo férias. Segundo o presidente do sindicato, existe um diploma legal que dá aos elementos das forças de segurança o direito a 80 horas de dispensa de serviço, por ano, para auto-formação, «a realidade é que por norma as pessoas que normalmente pedem isso nunca lhes é autorizado», explicou. «Estamos a tentar combater esse estigma, vamos ver se conseguimos», assegurou Armando Ferreira.

Cada elemento pagou 150 euros, incluindo já alimentação. «Deviam existir cursos deste género com mais frequência», afirmou um dos dois elementos femininos da formação, Cátia, da PSP. Para a formanda, o curso é fundamental para «corrigir os maus hábitos».

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São testadas técnicas de controlo do veículo em várias situações, como de curva, de travagem, de despiste e ainda é feito um treino de manobras de evasão, para situações de perseguição ou fuga em situações mais perigosas.

Humberto Alvão, um dos instrutores, garantiu que os formandos «estão a evoluir positivamente», explicando ao tvi24.pt que o que se pretende é que «a evolução seja gradual e positiva».

O presidente do Sinapol tem conhecimento que «há muitas mais pessoas interessadas» neste tipo de formação. Há no entanto algumas dificuldades que impedem que estes cursos se realizem com mais frequência, como é o caso da disponibilidade do autódromo.

Questionado sobre a possibilidade de se alargar a iniciatva para outras zonas do país, Armando Ferreira diz que «é difícil», por questões de logística e local para efectuar os cursos. Todavia, acredita que o facto de se realizar em Lisboa não é impedimento, «as pessoas que querem realmente fazer este curso não se importam de fazer quilómetros».

Para aprender ou aperfeiçoar, a verdade é que não houve limites de velocidade e contra-ordenações esta quarta-feira no Autódromo do Estoril. A condução foi feita com segurança mas é caso para se dizer «não façam isso na estrada».

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