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Covid-19: Consulado de Portugal em Macau nega operação geral de repatriamento via Hong Kong

Autoridades de Macau tinham dado conta que região recebeu pedidos de ajuda de vários consulados sobre estrangeiros que querem regressar a casa, entre eles cinco portugueses 

O Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong negou que esteja em curso uma operação geral de repatriamento de portugueses ou a ser criado um corredor humanitário entre Macau e o aeroporto de Hong Kong.

Numa nota publicada na rede social Facebook na terça-feira e assinada pelo cônsul-geral, a missão diplomática vem “esclarecer não estar em curso uma operação geral de repatriamento de cidadãos portugueses que no presente se encontrem em Macau e desejem regressar a Portugal, nem tão pouco está a ser criado um corredor humanitário entre a RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] e o Aeroporto Internacional de Hong Kong”.

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A mensagem de Paulo Cunha-Alves surgiu pouco depois de uma conferência de imprensa diária de acompanhamento da Covid-19 realizada pelas autoridades de Macau, na qual se deu conta que a RAEM recebeu pedidos de ajuda de vários consulados sobre estrangeiros que querem regressar a casa. 

Entre os pedidos de ajuda estão os de cinco cidadãos portugueses, indicaram as autoridades, que explicaram que o seu contributo passaria por garantir transporte e por contactos com a região administrativa especial chinesa vizinha.

Num momento em que o transporte marítimo e pela ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau está suspenso entre as duas cidades, a solução poderia passar por garantir um corredor especial, medida que, em março, permitiu o regresso de milhares de residentes através do Aeroporto Internacional de Hong Kong, sem que tenham sido obrigados a cumprir quarentena na antiga colónia britânica.

O mesmo corredor foi usado para garantir o regresso de alguns pacientes tinham ficado retidos em Hong Kong, onde tinham recorrido a tratamentos médicos.

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Na mesma mensagem no Facebook, o Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong lembrou que “no âmbito do combate à pandemia da Covid-19 a legislação da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) impõe, desde o dia 24 de março, a realização de uma quarentena obrigatória para todos quantos desejem entrar no seu território, pela via terrestre ou via Aeroporto Internacional de Hong Kong”.

A título excecional, e com base em argumentos devidamente fundamentados e documentados, as autoridades da RAEHK poderão isentar o viajante da obrigatoriedade de cumprir uma quarentena de 14 dias”, acrescentou. 

Algo que só poderá “acontecer quando o viajante apresentar, individualmente, razões de ordem humanitária, razões de saúde ou razões que sirvam o interesse público de Hong Kong”, sendo que “a isenção será baseada em necessidades genuínas e urgentes que devem ser devidamente justificadas”, escreveu.

Ou seja, concluiu: “cada caso que é submetido ao Consulado Geral de Portugal deve ser considerado individualmente e com base nos seus méritos próprios”.

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Macau está há 27 dias sem novos casos e seis pessoas continuam a receber tratamento à Covid-19.

A partir de janeiro, Macau registou uma primeira vaga de dez casos. Depois de 40 dias sem identificar novos contágios, o território detetou a partir de 15 de março mais 35, todos eles importados.

Já Hong Kong registou, desde o início da epidemia, pouco mais de mil casos e quatro mortos devido à covid-19.

Em Portugal morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia já provocou mais de 256 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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