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Covid-19: empresários de diversão itinerante cancelam protesto após DGS "aceitar propostas"

Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados disse ter recebido garantias da DGS de que os empresários de diversão itinerante vão poder retomar a atividade

A Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados disse ter recebido esta terça-feira garantias da Direção-Geral da Saúde (DGS) de que os empresários de diversão itinerante vão poder retomar a atividade, pelo que vai cancelar a continuação dos protestos que tinha agendado em Lisboa.

“É uma grande vitória, mas foi preciso ameaçar e fazer força. Eles [DGS] aceitaram todas as nossas propostas e amanhã ou depois vão assinar um papel que nos permitirá trabalhar”, disse à agência Lusa o empresário Daniel Sousa, da recém-criada Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC), explicando que, com essa autorização, os empresários podem depois comunicar a atividade aos municípios.

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Em causa estão propostas sobre o protocolo sanitário, que tinham sido apresentados pela associação em 04 de junho.

Perante estas garantias, a APIC decidiu cancelar as restantes ações de protesto que tinha agendadas para os próximos dois dias em Lisboa.

Fazemos hoje o desfile com os camiões por Lisboa e regressamos a nossa casa. Ficamos satisfeitos por ter sido mais rápido do que estávamos à espera”, afirmou Daniel Sousa.

O desfile de hoje, que tinha início marcado para as 19:00, tem passagens pela Avenida 24 de Julho, Segunda Circular, Entrecampos, Praça do Marquês de Pombal, Praça dos Restauradores, Avenida Infante D. Henrique, Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia e Belém.

Devido ao surto de covid-19, os negócios itinerantes em eventos culturais, feiras, festas, romarias e circos, a maioria das quais canceladas, ficaram comprometidos.

Em 15 de março, o Governo anunciou que as feiras e os mercados de venda de produtos, excluindo as de diversão, podiam reiniciar a sua atividade a partir de 18 de maio, "devendo para tal existir um plano de contingência".

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Em 06 de maio, os representantes da recém-criada APIC saíram "indignados" de uma reunião com o Governo, reclamando apoios à sustentabilidade dos negócios e a possibilidade de suspensão do pagamento de alguns impostos, uma vez que estão impedidos de trabalhar por causa da pandemia de covid-19.

"A reunião correu muito mal. O Governo não tem nenhum plano para nos auxiliar. Estamos profundamente revoltados", afirmou na altura à agência Lusa o presidente da APIC, Luís Fernandes, após uma reunião com secretário de Estado do Comércio, João Torres.

Estamos muito indignados e desesperados e não iremos desarmar enquanto não tivermos uma resposta satisfatória", ressalvou.

Em 05 de maio, a Assembleia da República aprovou um diploma do grupo parlamentar comunista, com a abstenção do PS, PSD, CDS e IL, que cria um regime de apoio à atividade dos feirantes.

Apesar de aprovado na generalidade, o diploma ainda não é lei, dado que é necessário ser discutido e votado na especialidade na comissão, no caso a de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

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