Os dois funcionários das Finanças detidos pela PJ por suspeitas de oferecerem «soluções ilícitas» a contribuintes com problemas fiscais actuavam nomeadamente nos casos do IVA e de execuções fiscais, disse à Lusa uma fonte policial.
«Beneficiavam os seus clientes de forma a não haver recursos e impugnações» por parte da Administração Fiscal, explicou a fonte.
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Os detidos, especificou a fonte, são um jurista e um técnico de repartição de finanças, ambos de cerca de 50 anos, que actuavam no Porto e em Penafiel, mas também prestavam serviços a contribuintes de Santa Maria da Feira ou Vila Nova de Gaia.
A fonte explicou que durante esta operação foram realizadas «bastantes» buscas, não sendo possível, para já, quantificar exactamente em quanto foi lesada a Administração Fiscal.
Os dois arguidos são submetidos quarta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
De acordo com a investigação, um deles servia-se dos seus conhecimentos jurídico-fiscais para contornar de forma ilegal os problemas fiscais de contribuintes «em troca do recebimento de avultadas contrapartidas».
O segundo detido, que actuava concertadamente com o primeiro, é suspeito de proceder às alterações informática de dados fiscais.
As detenções são o corolário de uma investigação que decorre há vários meses, sob direcção do Ministério Público, sobre as actividades dos dois funcionários, que estão indiciados pela autoria de crimes de corrupção para ato ilícito e de falsidade informática.
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