Jorge Enes, enfermeiro e militar da Marinha, confessou em tribunal ser responsável pela de um director dos CTT, em Dezembro de 2007. Esta segunda-feira, foi condenado pelo tribunal da Boa Hora, em Lisboa, a 13 anos de cadeia em prisão militar. Segundo escreve a agência Lusa, tanto a defesa como a família da vítima admitem recorrer da sentença.
O arguido confessou ser culpado da morte de Maurício Levy, director do departamento de Qualidade dos CTT, de quem era amigo, e assumiu ainda que escondeu o cadáver.
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Pelo homicídio foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão e pelo crime de ocultação de cadáver a um ano de cadeia. Devido ao cúmulo jurídico vai cumprir 13 anos num estabelecimento prisional militar, por ser sargento-enfermeiro da Marinha.
Além da pena de prisão, Jorge Enes foi também condenado a pagar 122 mil euros por danos não-patrimoniais à mulher e três filhos da vítima.
O juiz Rui Coelho deu como provado que o arguido ouviu, por forma que não foi esclarecida, uma conversa telefónica entre a mulher, de quem estava separado há nove meses e em processo litigioso de divórcio, e Maurício Levy, suspeitando da existência de uma relação entre ambos.
De acordo com a sentença, o homicida foi «movido pelo ciúme». Jorge Enes deslocou-se à garagem da residência da vítima esperou e, depois, desferiu um número não determinado de facadas que originaram a sua morte.
Terá ficado ainda provado que, com «frieza de ânimo», o arguido colocou o cadáver no lugar dianteiro da viatura, conduzindo-a para a zona de Almoçageme, em Sintra e lançou o veículo por um penhasco.
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