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Atropelamento: conduz sem carta desde os 14 anos

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Jovem atropelou dois rapazes em Gondomar e fugiu. Um deles ficou em perigo de vida.

César Teixeira, o jovem de 19 anos que atropelou dois rapazes, em Fânzeres, Gondomar, deixando um deles em perigo de vida, conduz desde os 14 anos apesar de não ter carta de condução, noticia a agência Lusa.

Sábado à noite, pouco depois das 22h00, seguia ao volante do seu Pólo GT quando, em circunstâncias ainda por apurar, atropelou dois rapazes, de 15 e 17 anos, num parque de estacionamento e fugiu.

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Hugo Paiva, 17 anos, que ficou em estado grave dado ter sofrido vários politraumatismos, encontra-se internado, em coma, na Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Hospital S. João, Porto, e ainda «corre perigo de vida», disse esta terça-feira à Lusa fonte do hospital.

Quanto a Hugo Baía, 15 anos, mantém-se internado na unidade de Pediatria daquela unidade hospitalar mas encontra-se, segundo a mesma fonte, «fora de perigo», apresentando uma fractura na bacia e outros ferimentos ligeiros.

O veículo envolvido no acidente foi abandonado na zona de S. Pedro da Cova, em Gondomar, tendo sido apreendido pela GNR.

O automóvel foi depois transportado para as instalações da PJ/Porto para averiguações.

Já foi efectuada, pela PJ, uma perícia ao acidente.

Acabou por entregar-se voluntariamente

Segunda-feira, César entregou-se voluntariamente à Polícia Judiciária do Porto, saindo em liberdade depois de interrogado.

Esta quarta-feira, disse à agência Lusa, que abandonou o local do acidente «por temer represálias» dos amigos e dos familiares das vítimas.

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O irmão, dois anos mais novo afirma que «ele até é muito cuidadoso».

«Nem sei como é que aconteceu isto», afirmou à porta do Tribunal de Gondomar onde, esta manhã, César Teixeira foi ouvido para saber as medidas de coacção que lhe serão aplicadas até à conclusão das averiguações sobre o acidente.

Estas só deverão ser conhecidas ao fim da tarde.

«Estou a tirar a carta. Já marquei exames e tudo», garantiu César.

Admite, nas declarações à Lusa, que os automóveis são uma paixão antiga, talvez porque, como justificou, «andar a pé também cansa».

A tia, com quem César vive e com quem foi criado após a morte da mãe - quando tinha 14 anos - salienta que o sobrinho «é um miúdo rebelde, um revoltado, mas tem bons instintos».

Apesar da sua juventude, César prepara-se para ser pai de uma menina.

O irmão, 17 anos, também já vive maritalmente com uma rapariga, igualmente grávida.

Questionado sobre se tem uma profissão, César disse que «trabalha na construção civil, como servente».

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Franzino e de estatura média, César já tem cadastro criminal, por condução ilegal e furto de uma viatura.

Revela ainda que esteve «preso preventivamente quase um ano».

Por isso, acrescentou, encontrava-se «sujeito a apresentações diárias» às autoridades aquando do acidente ocorrido sábado à noite.

O jovem está a ser julgado no Tribunal de Matosinhos sob a acusação de conduzir sem carta.

César Teixeira, que reside na zona da Corujeira, Campanhã, Porto, deverá comparecer naquele tribunal, terça-feira, para conhecer a sentença deste caso.

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