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Castanhas: escravatura laboral dá prisão preventiva

Dois cidadãos estrangeiros ficaram em prisão preventiva e um terceiro foi constituído arguido por suspeita de tráfico de dezenas de concidadãos para exploração laboral na apanha da castanha em Trás-os-Montes

Dois cidadãos estrangeiros ficaram em prisão preventiva e um terceiro foi constituído arguido por suspeita de tráfico de dezenas de concidadãos para exploração laboral na apanha da castanha em Trás-os-Montes, divulgou hoje o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Os três homens foram detidos numa ação realizada pelo SEF e acompanhada pela Autoridade para as Condições do Trabalho, na madrugada e dia de terça-feira, nas zonas de Bragança e Valpaços.

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Os três detidos forma presentes para primeiro interrogatório nos tribunais de Vila Flor e Valpaços e a dois deles foi-lhes aplicada a medida de coação de prisão preventiva, enquanto o terceiro ficou obrigado a apresentações periódicas junto da autoridade policial local.

As detenções resultaram de um investigação criminal a cargo do SEF, que deu cumprimento a quatro mandados de busca domiciliária.

No decurso da operação, segundo informação divulgada pelo SEF, foram identificados 34 cidadãos estrangeiros, da mesma origem que os suspeitos detidos, que haviam sido contratados para a apanha da castanha.

O SEF dá conta de que «contra um desses cidadãos pendia um mandado de detenção para extradição, emitido pelas autoridades francesas, sendo o indivíduo procurado pelo crime de tráfico de seres humanos».

«Este indivíduo, de 28 anos, foi detido e presente ao Tribunal da Relação de Guimarães que determinou a sua prisão preventiva», acrescenta a fonte.

Nas buscas, foi apreendida diversa documentação que «comprova a exploração laboral de cidadãos estrangeiros no sector agrícola naquelas áreas de Trás-os-Montes», indica o SEF.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras informa ainda que tem reforçado nos últimos anos as ações de fiscalização que visam o controlo de atividades agrícolas com carácter sazonal.

Estas ações têm sido direcionadas, sobretudo para as vindimas e colheitas da castanha e azeitona, «uma vez que se têm vindo a detetar situações que indiciam a exploração laboral de trabalhadores estrangeiros nessas atividades», de acordo com aquela entidade.

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