Moradores e comerciantes da Costa da Caparica, em Almada, mostraram-se preocupados com aquilo que consideram ser um «clima de medo», provocado pelo «número crescente de assaltos» na zona e reclamam mais policiamento.
Maria Lopes, moradora na Costa da Caparica, diz que não se sente segura onde vive. «Estou a ponderar vender esta casa. Sinto que há pouco policiamento. Há novas histórias de assaltos a casas e a estabelecimentos comerciais a toda a hora», afirmou, em declarações à Lusa.
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A mesma preocupação é manifestada por Pedro Gonçalves, proprietário de um café junto ao bairro clandestino das Terras da Costa. Os prejuízos do assalto que sofreu durante o mês passado «vão ultrapassar os três mil euros».
João Carreira, da Associação de Concessionários da Costa da Caparica, também reconhece que, «em termos de segurança, a situação está complicada». «Temos proprietários que vão começar a dormir nos estabelecimentos. Mesmo com alarmes são assaltados», contou, acrescentando que os comerciantes estão a ponderar «contratar serviços de segurança privados».
O presidente da Junta de Freguesia, António Neves, subscreve as críticas e sustenta que «existe um défice de efectivos da GNR na Costa». «Na Costa, temos carências sociais graves: desemprego, miséria, toxicodependência. É daí que nasce a criminalidade», terminou.
Apesar destas preocupações, contactado pela Lusa, o Major Tavares Belo, responsável pelas Relações Públicas da GNR de Setúbal, rejeita as acusações e alega que «se deu uma diminuição substancial do número de situações de desacatos, assaltos e violência denunciadas à GNR».
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