O Ministério Público pediu esta segunda-feira uma pena de 21 anos de prisão para Edivaldo Rodrigues, presumível autor do morte do ourives José Correia, durante uma tentativa de assalto numa ourivesaria de Setúbal, em Agosto de 2008.
Nas alegações finais, que tiveram lugar no Tribunal de Setúbal, o procurador do Ministério Público justificou o pedido de uma pena severa com a gravidade do crime cometido e esclareceu que não dava a «mínima credibilidade» à versão apresentada pelo arguido em tribunal.
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Durante o julgamento, o presumível homicida, Edivaldo Rodrigues, reafirmou ainda que tinha participado com o cúmplice, Danilo Filho, numa tentativa de assalto à ourivesaria «Jóias Bocage», mas, ao contrário do que tinha dito inicialmente, recusou a autoria dos disparos, atribuindo-os ao outro arguido, que continua em fuga.
«Edivaldo Rodrigues admitiu e confessou a autoria do crime e dos disparos que vitimaram José Correia, perante o juiz do primeiro interrogatório».
O procurador Branco Porfírio salientou também o facto de o arguido ter indicado à PJ o local exacto onde se encontrava a arma que efectuou os dois disparos.
O magistrado do Ministério Público defendeu ainda a investigação da PJ e o despacho de acusação, assegurando que não tinha sido possível apurar factos que pudessem sustentar a tese de um «crime encomendado», defendida pela viúva Fernanda Correia, assistente no processo.
A advogada da assistente, Anabela Roque, também pediu uma «pena severa próxima do limite máximo», 25 anos de prisão para o arguido, e apresentou ainda um pedido de indemnização de 95.000 euros pelo direito à vida da vítima e por danos morais à viúva e aos dois filhos.
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