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Viseu: matou ex-chefe com caçadeira

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Suspeito tentou ainda atingir outra pessoa. Encontra-se a monte

O homem que esta manhã ficou ferido com gravidade ao ser atingido a tiro de caçadeira na loja da Moviflor, em Viseu, morreu no bloco operatório do hospital local antes das 13h, disse fonte hospitalar à agência Lusa.

Segundo Luís Viegas, do gabinete de relações públicas do Hospital de S. Teotónio, o homem, de 34 anos, faleceu no bloco operatório, onde dera entrada cerca das 11h55 em estado «muito crítico», depois de ter sido atingido com um tiro no lado esquerdo do abdómen. Segundo a SIC, o suspeito, antigo funcionário da Moviflor, terá entrado na loja, e disparado um tiro de caçadeira sobre o gerente.

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No Hospital de S. Teotónio deu entrada, também, um homem de 62 anos, mediador de seguros, para cujo estabelecimento se dirigiu o suspeito do disparo na Moviflor.

O suspeito ainda terá feito alguns disparos na seguradora, sem atingir ninguém devido à intervenção do mediador, que lutou contra ele, ficando ferido com pequenas escoriações numa mão e num braço e queixando-se ainda de dores fortes no corpo.

Deu ainda entrada no hospital uma mulher de 53 anos, que se encontrava na seguradora na altura dos distúrbios. A mulher foi assistida apenas por se encontrar «em estado de pânico», segundo a fonte hospitalar.~

Suspeito identificado, mas a monte

A PSP tem já identificado o suspeito dos dois tiroteios. «Sabemos onde mora, está devidamente identificado», mas ainda não foi detido, afirmou a mesma fonte, revelando que reside em S. Pedro do Sul, onde é bombeiro da Salvação Pública, e tem «entre os 25 e os 30 anos».

Segundo a mesma fonte, o suspeito «foi funcionário da Moviflor, de onde saiu após um acidente de trabalho», na sequência do qual andava a ser seguido por médicos da Açoreana. «Presume-se que isto (os tiroteios) esteja relacionado com as indemnizações. Parece que foi um ajuste de contas», frisou.

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A PSP tem meios na cidade de Viseu e em S. Pedro do Sul, em colaboração com a GNR. A Polícia Judiciária já se encontra no terreno.

Na Moviflor ninguém quis prestar declarações aos jornalistas. O ambiente é de consternação, sobretudo após ter sido dado conhecimento da morte do supervisor da loja (que já foi gerente), de 34 anos.

«Deitou as mãos ao cano» da caçadeira

Na seguradora Açoreana, comenta-se a proeza do mediador António Almeida, de 62 anos, que evitou que os tiros de caçadeira atingissem pessoas, tendo ficado apenas com ligeiras escoriações.

Manuel Luís Capela, responsável pela filial da Açoreana, contou aos jornalistas que, quando se encontrava no seu gabinete, ouviu o mediador dizer «cuidado, ele tem uma arma». Depois de ouvir barulhos, saiu do gabinete e, ao ver a arma apontada na sua direcção, tentou proteger-se, tendo depois ouvido dois tiros, que acabaram por acertar num recipiente com água, graças à intervenção do mediador.

Este «deitou a mãos ao cano» da caçadeira e começaram a lutar, evitando assim o que, segundo Manuel Luís Capela, «poderia ter sido uma tragédia». «Como se apercebeu que ficou sem munições, fugiu», supostamente de carro, acrescentou.

Manuel Luís Capela está na Açoreana de Viseu desde Abril do ano passado e não conhece em pormenor o processo em causa, que é mais antigo. «Era uma distância tão pequena, que se ele nos apontasse (a arma) matava pelo menos mais dois», acrescentou Manuel Luís Capela, que considera que «ninguém está preparado para viver» uma situação destas.

[Actualizada às 14h31]

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