As crianças e adolescentes que desaparecem em Portugal todos os anos são, em média, cerca de dois mil. A cada cinco horas, as autoridades recebem uma queixa.
Relação adia decisão sobre recurso no caso Rui Pedro
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Nos primeiros seis meses de 2012, 892 processos de menores desaparecidos foram iniciados e no ano anterior foram contabilizados 2842 casos.
Segundo disse ao «Jornal de Notícias», Patrícia Cipriano, a presidente da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas, «nos anos 90, desapareceram várias crianças em Portugal que nunca foram encontradas. Para nós, esta coincidência temporal e nas características físicas e etárias destes meninos leva-nos à tese de que poderia haver um ou mais angariadores em Portugal que os raptavam para os entregar a uma rede internacional».
«A crise económica que grassa na Europa e em Portugal em particular, pode ser encarada pelas redes como uma oportunidade. As pessoas podem eventualmente deixar-se seduzir pelos lucros de uma atividade criminosa que dá muito dinheiro», acrescentou a responsável.
Note-se que as organizações criminosas viram-se cada vez mais para o tráfico de crianças porque implica menos riscos do que drogas ou armas. «É a segunda maior realidade criminosa ao nível mundial, ao lado do tráfico de droga. O valor global estimado pela UNICEF para este crime é de 12 biliões de dólares por ano», concluiu Patrícia.
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