O reitor da Universidade do Algarve acredita que a instituição terá condições para arrancar um curso de Medicina até ao ano lectivo 2010/2011, desde que o projecto seja aprovado pelo Governo no decorrer deste ano.
A abertura de um curso de Medicina no Algarve já mereceu parecer positivo da Comissão de Avaliação designada para avaliar o curso, mas a versão final do «dossier» está a ser revista, avançou à agência Lusa João Guerreiro.
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«Se o parecer for positivo, aí a decisão será política, pois este é um curso que exige custos adicionais pelo que deve haver uma decisão do Governo», afirmou o reitor da Universidade do Algarve (Ualg).
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Confiante de que o projecto será aprovado no decorrer deste ano, João Guerreiro acredita que, caso isso aconteça, haverá condições para que o curso arranque no ano lectivo 2010/2011, explicando que é necessário pelo menos ano para preparar tudo.
«As necessidades de médicos vão agravar-se e é preciso multiplicar a oferta de cursos de Medicina», defendeu, argumentado que, do ponto de vista objectivo, o Governo «terá dificuldade em não apadrinhar o projecto».
Outro dos desafios em que a Universidade do Algarve está empenhada é a concretização do pólo tecnológico, obra prevista para o perímetro do Parque das Cidades, entre Faro e Loulé e cujo concurso público deve ser lançado este mês.
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Depois de alguns atrasos - a entrada em funcionamento do pólo chegou a estar prevista para finais deste ano -, a meta que está agora em cima da mesa é o ano de 2009, precisou João Guerreiro.
A mesma fonte considera que a estrutura, cuja construção ronda os 4,5 milhões de euros, será uma «incubadora» de empresas, com capacidade para entre 20 a 25 unidades empresariais e uma mais-valia de gerar na região emprego altamente qualificado.
«Queremos atrair empresas de grande dimensão que queiram estabelecer as suas antenas de dimensão científica no Algarve», frisou o reitor, acrescentando que a obra terá uma duração de dez meses.
A internacionalização daquele estabelecimento de ensino é outra das apostas de João Guerreiro, que quer alargar a bacia de recrutamento de estudantes, praticamente limitada ao Algarve e Baixo Alentejo.
Considerando que as universidades portuguesas estão «muito regionalizadas», o reitor quer alargar o quadro de funcionamento da Universidade a um panorama internacional, do continente Europeu e outros.
Segundo João Guerreiro, a Ualg já recebe muitos alunos ao abrigo do programa «Erasmus» - alguns de origens tão distantes como a Índia, Irão ou Bielorússia -, que chegam sobretudo para fazer mestrados na área das Ciências do Mar, alguns já ministrados em língua inglesa.
Actualmente, cerca de dez por cento dos alunos de pós-graduações, mestrados e doutoramentos são estrangeiros, num universo de mil alunos que frequentam este ciclo, já que os do chamado 1/o Ciclo (bacharelatos e licenciaturas) são cerca de 8.500 alunos.
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