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Sangue: colheitas suspensas a partir de quarta-feira

Associações de dadores de todo o país vão suspender as colheitas em protesto contra o fim da isenção de pagamento de taxas moderadoras

Associações de dadores de sangue de todo o país vão suspender a partir de quarta-feira as colheitas previstas,

em protesto contra o fim da isenção de pagamento de taxas moderadoras.

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Em declarações à agência Lusa, José Passos, presidente da Associação de dadores de sangue de Viana do Castelo, afirmou que naquele distrito estarão suspensas as colheitas previstas para os próximos 15 dias.

O responsável, que é também porta-voz do Movimento das Associações de Dadores de Sangue, esclareceu que esta não é uma iniciativa do movimento e sim da associação de dadores de Viana do Castelo, mas disse que tem a informação de que «muitas outras associações no país vão aderir ao protesto».

«Não vamos obviamente dizer às pessoas para não darem sangue, mas a associação não vai fazer qualquer sensibilização e nos dias das colheitas vai dizer ao centro regional da zona para não fazer a colheita, porque as pessoas não vão estar sensibilizadas para a iniciativa», afirmou.

Segundo José Passos, a experiência que tem e o contacto que mantém com os dadores permitem-lhe garantir que «não vai haver gente para a dádiva».

«Esta medida [fim da isenção de pagamento de taxas moderadoras] foi uma machadada nos poucos incentivos que há. Trabalhamos junto da população para que cada vez haja mais gente a dar sangue. Nada lhes oferecem e até as taxas moderadoras lhes tiraram», lamentou, sublinhando que há «pessoas que até pagavam o seu próprio transporte para ir dar sangue».

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O presidente da associação alertou ainda para a «má orientação política» que considera que a tutela teve nesta matéria, afirmando que vai «poupar uns cêntimos, onde pode vir a gastar milhões».

«É muito dinheiro que entra nos cofres do Estado com o sangue colhido em Portugal. Se começar a faltar, o Estado vai precisar de ir buscar lá fora», afirmou José Passos.

O responsável acredita que com este protesto vai haver uma grande quebra nas dádivas e lembra que assim que saiu o decreto, «as pessoas começaram logo a não dar sangue», sem ser necessária qualquer iniciativa por parte das associações.

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