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Boatos na Internet podem prejudicar empresas

Falsas informações afectam imagem empresarial e reflectem-se nas vendas. Consumidores procuram esclarecimentos junto das associações

Produtos de higiene pessoal contendo substâncias cancerígenas, refrigerantes com ingredientes capazes de «derreter» ossos e dentes ou causar distúrbios neurológicos e até televisões que implodem, sugando os espectadores. Todas estas informações circulam diariamente na Internet, incluindo referências às marcas dos produtos visados.

Se algumas não passam de situações disparatadas que, após uma breve leitura acabam por ir parar à pasta do lixo, outras são encaradas como situações mais sérias, que as pessoas se sentem compelidas a reenviar para alertar a lista de contactos.

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A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) recebe frequentemente pedidos de esclarecimento em relação à veracidade do conteúdo de mensagens de «e-mail» como estas.

Luís Pisco, da DECO, conta que a maioria destas mensagens «não é séria», mas mesmo assim, «conseguem criar uma dúvida no espírito dos consumidores», e, em caso de dúvida, «mais vale prevenir do que remediar».

Estudos efectuados por especialistas de marketing no Brasil, revelam que, «quando um boato sobre um determinado produto circula na Internet, denegrindo um produto ou uma empresa, muitas vezes deixa sequelas, podendo reflectir-se nas vendas».

Em Portugal, as empresas visadas raramente tomam medidas judiciais, optando por não levar muito a sério este tipo de boatos. Algumas marcas optam até por «gozar um pouco com isso», diz Luís Pisco, que adianta que há empresas que «fazem colecção de boatos».

A CocaCola, uma das «vítimas» mais frequentes destes boatos, adoptou uma postura curiosa, tendo disponível no seu site todos os boatos existentes sobre a marca.

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Por que circulam boatos na Internet

Há três motivos principais para a circulação de boatos na Internet:

O mais inofensivo é pôr as pessoas a pensar num assunto de interesse geral, tal como a destruição da floresta amazónica ou as crianças vítimas de subnutrição no Ruanda.

Outro dos motivos é o facto de se querer prejudicar um determinado produto/marca, muitas vezes com interesses comerciais. Circula pela Internet um e-mail alertando para várias marcas de champôs que contêm substâncias cancerígenas, sendo identificada uma marca que não utiliza esse ingrediente.

Segundo Luís Pisco, a marca que é referenciada como não utilizando este ingrediente sai «claramente beneficiada».

Outro dos motivos para a circulação destas mensagens é a recolha dos endereços electrónicos para serem utilizados com fins comerciais. Para empresas que publicitam os produtos na internet, os endereços de «e-mail» valem dinheiro, pois permitem o envio de mensagens publicitárias.

Seja por que motivo for, os boatos continuam a povoar o mundo da internet e a «aterrar» em caixas de correio electrónico de todo o mundo.

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