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Direção de mestrado de Medicina da Universidade do Algarve demite-se

Professores «acusam o reitor de ter acordado com o diretor do Hospital de Faro, Pedro Nunes, um protocolo que prescinde da autonomia universitária e condiciona a autonomia pedagógica e científica» do curso

Os professores responsáveis pelo mestrado integrado em Medicina da Universidade do Algarve demitiram-se em bloco devido à perda de autonomia nas decisões, confirmou à agência Lusa um dos professores.

Os professores tinham agendado para hoje, às 14:00, uma conferência de imprensa nas instalações da universidade, mas a reitoria opôs-se à sua realização. As declarações deverão ser feitas à porta da universidade mas, entretanto, o professor Nuno Marques confirmou a demissão em bloco.

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Na convocatória para a conferência de imprensa, os professores indicaram que «acusam o reitor, João Guerreiro, de ter acordado com o diretor do Hospital de Faro, Pedro Nunes, um protocolo que prescinde da autonomia universitária e condiciona a autonomia pedagógica e científica da direção do curso».

Esses condicionamentos ocorrem, segundo o mesmo comunicado, no «processo de seleção dos oradores convidados, colocando em causa a qualidade da formação ministrada aos seus alunos de medicina».

Em comunicado, o reitor mostrou-se «surpreendido» com a demissão e reiterou o «princípio de autonomia da universidade», defendendo o «reforço do clima de confiança já existente entre as duas instituições (universidade e hospital)».

João Guerreiro garantiu que vai «zelar pelo bom nome da universidade do Algarve, e, em particular, do curso de mestrado integrado de medicina».

O reitor sublinhou ainda que não irá permitir que os «excelentes resultados obtidos até agora sejam postos em causa por elementos da comunidade académica».

O mestrado integrado foi criado há seis anos.

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