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As 24 horas mais longas na vida de Martim

Criança de dois anos desapareceu ao início da manhã na Urqueira, em Ourém. Menino acabou por ser encontrado "vivo e bem de saúde" numa zona florestal, a cerca de dois quilómetros da sua residência

Pouco passava das 9:00 de segunda-feira quando o alarme soou. Martim, de apenas dois anos, tinha desaparecido do exterior da casa dos avós maternos quando a avó se ausentou por "breves instantes". 

As buscas começaram de imediato, mas ao longo de 24 horas nem sinal de Martim. As buscas concentraram-se nas redondezas da casa da família, mas a Polícia Judiciária acabou mesmo por interrogar o pai do menino depois de surgirem suspeitas de que o progenitor pudesse ter raptado a criança.

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Esta terça-feira, às 10:00, o "final feliz" por que a família ansiava aconteceu. A criança tinha sida encontrada, numa zona florestal "sozinha, com vida e aparentemente bem de saúde, a dois quilómetros da residência onde vivia".

O estado de saúde do pequeno Martim foi confirmado pelo diretor do serviço de Pediatria do Hospital de Leiria, Bilhota Xavier, que, em declarações aos jornalistas, afirmou que o menino chegou aquele serviço "sem ferimentos, nem sinais de maus-tratos ou outras coisas", mas "naturalmente assustado e cheio de fome".

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A criança está bem, foram feitas algumas análises por uma questão de precaução", afirmou o médico, acrescentando que a criança se encontrava acompanhada da mãe, que "está preocupada, mas feliz".

O menino teve alta hospitalar a meio da tarde e já se encontra em casa dos avós. 

O coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria, António Sintra, esclareceu, em conferência de imprensa, que "razões técnicas" levaram a que as buscas fossem suspensas durante a noite, uma fez que ainda foi necessária uma "reavaliação do dispositivo em função das informações que já se dispunha nesse momento e outras complementares que foram sendo recolhidas durante a noite".

Graças ao "plano mais adequado" que foi "colocado em marcha" a criança de dois anos foi encontrada "em condições naturais para alguém que esteve exposto durante algumas horas a condições atmosféricas adversas".

No entanto, a PJ mantém em aberto a possibilidade do bebé ter passado as 25 horas sozinho ou de ter sido colocado no local horas antes e que, apesar de a criança ter sido localizada, a investigação prossegue no sentido de se apurar as circunstâncias do desaparecimento do bebé e verificar se houve crime ou se se tratou de um "mero desaparecimento".

Quanto ao pai da criança, que se encontrava em França na altura do desaparecimento, está a caminho de Portugal e vai ser inquirido pela PJ, à semelhança do que sucedeu com a mãe e avós maternos.

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