O Tribunal da Relação de Lisboa anulou a absolvição do ex-diretor municipal da cultura na Câmara de Lisboa Rui M. Pereira, condenando-o a três anos e nove meses de pensa suspensa e ao pagamento de mais de 27 mil euros ao Estado, segundo o "Expresso". O também antigo dirigente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) já tinha sido afastado do ministério da Justiça na sequência do bloqueio do Citius. Enquanto diretor municipal Rui M. Pereira autorizou o pagamento de um estudo sobre os direitos de autor do espólio de Fernando Pessoa a duas advogadas: Inês Amaral e Adelaide Silva. O estudo, que custou mais de 27 mil euros, nunca foi visto ou lido por alguém. Inês Amaral era cunhada de Rui M. Pereira e tinha trabalhado com ele na Câmara de Lisboa como assessora jurídica. No primeiro julgamento, o tribunal absolveu os três arguidos com o argumento de que não tinha ficado provado que o estudo existiu. Rui M. Pereira, que entretanto tinha sido nomeado presidente do IGFEJ, pôde voltar a ocupar o cargo, mas acabou por ser afastado por Paula Teixeira da Cruz por causa do bloqueio da plataforma informática Citius. Agora, a Relação de Lisboa anulou a decisão do primeiro julgamento e condenou o antigo dirigente pelos crimes de participação económica em negócio e falsificação de documento. As duas advogadas foram condenadas a dois anos de prisão com pena suspensa.
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