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Professores acusam Governo de criar excesso de cursos e causar desemprego

«Foi o MEC que promoveu a abertura massiva de cursos de formação de professores em universidades públicas e privadas, o que nos levou a esta situação»

Os professores contratados acusam o Ministério da Educação e Ciência (MEC) de ser responsável pelos mais de 80% de docentes a contrato que ficaram desempregados este ano letivo ao ter promovido a «abertura massiva» de cursos de educação.

«O MEC repete, e nós até compreendemos, que não tem que ser uma agência de emprego dos professores, mas foi o MEC que promoveu a abertura massiva de cursos de formação de professores em universidades públicas e privadas, o que nos levou a esta situação», defendeu o presidente da Associação Nacional de Professores Contratados (ANVPC), César Paulo.

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O responsável associativo sublinhou que entre os desempregados há docentes com «10 e 15 de anos de serviço que já deveriam estar nos quadros há mais de uma década».

«Temos uma taxa de desemprego completamente ímpar, sem paralelo com outras classes profissionais, e nem o processo de rescisões e os pedidos de aposentação conseguiram reduzir isso», referiu César Paulo.

Quase 6.750 professores foram na terça-feira colocados nas escolas, na sua maioria professores dos quadros do Ministério da Educação, mas, ainda assim, o ano arranca com 917 docentes efetivos sem turmas atribuídas.

No total, foram colocados nas escolas 6.744 docentes, dos quais 3.488 são dos quadros e 3.256 são contratados.

Dos 28.367 docentes contratados candidatos à contratação inicial foram colocados 3.256, cerca de 11%.

Entre os contratados, o total de professores sem vínculo que se candidatou a um lugar nas escolas este ano é praticamente igual ao de 2013, mas em 2014 o número de colocados baixou dos 4.921 contratados para os 3.256, uma redução de 1.665 contratos.

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Sobre eventuais os erros nas listas, já reportados à associação por vários docentes, César Paulo diz que a ANVPC prefere ter uma «atitude cautelosa», uma vez que há vários pedidos de esclarecimentos já pedidos à Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) para averiguar a existência ou não de erros.

Filinto Lima, vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) referiu que «erros existem todos os anos», e admite que possa haver revisão de algumas colocações, mas entende que o mais importante era garantir que de futuro, «o grosso dos professores é colocado nas escolas antes de 01 de setembro».

No caso da escola onde leciona, em Vila Nova de Gaia, que tem contrato de autonomia com o ministério, faltam ainda colocar professores para alguns horários completos, incluindo docentes de educação especial, que deverão ser colocados através da Bolsa de Contratação de Escola, que teve candidaturas abertas até às 18:00 de sexta-feira passada.

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