Chocolate, Chocolate, Chocolate. Onze dias de prazer. De 14 a 24 de Fevereiro, Óbidos vai activar as papilas gustativas de quem visitar a vila histórica. O festival vai já na sua 6ª edição e este ano são esperados pelo menos 100 mil pessoas à procura das delícias do cacau sob o tema dos «Oceanos», e esta é apenas uma estimativa feita por baixo.
O PortugalDiário foi visitar o local do evento, esta quarta-feira, com os últimos preparativos ainda em curso. Nos bastidores deste reino de chocolate, que é já uma das imagens de marca da vila, uma azáfama controlada. Tudo tem que estar pronto, mas tudo tem de ficar bem.
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Menos pedra, mais calorias
Entre as muralhas do centenário castelo, uma vila nova. Menos pedra, mas mais calorias. Os trabalhadores martelam, pintam, aparam arestas. Vítor Nunes, responsável técnico pelo festival dá algumas instruções, e suspende a sua actividade para explicar ao nosso jornal que os aviões e o barco de chocolate, que tem atrás de si, são uma recriação do ataque japonês a Pearl Harbour. «É um trabalho de seis meses». São muitos quilos moldados do melhor cacau. Impróprio para comer, depois de submetido a tanta manipulação, mas, nem por isso, menos apetecível à vista.
Ricardo Ribeiro, administrador da empresa municipal Óbidos Patrimonium, com uma escultura dedicada ao Adamastor por trás, em acabamentos, realça a aposta da vila na sua oferta cultural e aponta que o «meio milhão de euros» que custa o festival acaba por ser pago pelo próprio evento, através do valor recolhido pelos ingressos e patrocinadores. Afinal, são esperados, segundo a expectativa mais pessimista, «100 mil visitantes pagantes».
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Coração «dispara» mais com beijos ou chocolate?
O Concurso Internacional de Receitas de Chocolate e o Concurso Chocolatier Português do ano são outras das atracões do certame, tal como a restauração local, que vai incluir com generosidade o cacau nas suas ementas.
«Adulto não entra»
Os mais novos têm um espaço só para si. «Adulto não entra na Casa de Chocolate das Crianças», avisa Patrícia Figueiredo, uma das responsáveis pelo espaço, que abre uma excepção para os repórteres do PortugalDiário, a quem faz uma visita guiada.
O trajecto pelas várias salas ocupa as crianças durante uma hora. Podem confeccionar as suas próprias bolachas e envolvê-las em chocolate líquido, que jorra de pequenas fontes, em permanente fluxo; assistem às aventuras do pirata português Simão, um simpático fantoche, responsável pela ida do festival para vila; e aprendem a fazer doces, sempre com o cacau como ingrediente protagonista.
Para entrar no festival só paga o bilhete de cinco euros quem tiver 12 anos ou mais. Os munícipes locais e as crianças mais pequenas têm entrada livre.
Não deixe de ver a reportagem em vídeo da visita que o PortugalDiário fez ao local esta quarta-feira, antes de as ruas de Óbidos se encherem de gulosos visitantes.
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