Um novo teste de despistagem da tuberculose resistente aos medicamentos vai poder acelerar consideravelmente a luta contra esta doença nos países em desenvolvimento, anunciou esta segunda-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O teste, que consiste em examinar o ADN na expectoração dos doentes, permite diagnosticar a doença em apenas dois dias, em vez de dois a três meses como actualmente, explicou o director do serviço de luta contra a tuberculose na OMS, Mario Raviglione. A actual lentidão dos testes de despistagem significa que os doentes têm muito tempo para contaminar outras pessoas.
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Perto de nove milhões de pessoas contraem por ano tuberculose em todo o mundo, das quais morrem 1,5 milhões. Quase meio milhão de pacientes sofre de uma forma multi-resistente aos medicamentos que mata cerca de 130.000 pessoas por ano.
Devido à falta de infra-estruturas em numerosos países, só 02 por cento dos casos multi-resistentes são actualmente despistados e tratados.
Com um financiamento de 26,1 milhões de dólares (16,5 milhões de euros) da Unitaid, o organismo que gere os fundos provenientes da taxa internacional sobre bilhetes de avião, a OMS vai lançar um programa que permitirá despistar 15 por cento dos casos daqui a quatro anos.
O programa visa 16 países particularmente atingidos pela forma multi-resistente, na sua maioria em África e na ex-URSS, com as primeiras despistagens a decorrer nos próximos três meses no Lesotho.
Este novo teste vai custar cerca de 15 dólares (9,5 euros) por doente, incluindo o conjunto dos gastos de laboratório, o que é metade do preço dos testes actuais.
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