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Portugal registou 15 casos suspeitos de Ébola

Todos os 15 casos suspeitos revelaram-se negativos para a doença, afirmando que o surto de Ébola na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa foi uma lição para as unidades de saúde

Sobre esta ameaça, Adalberto Campos Fernandes fez questão de transmitir aos portugueses “uma palavra de tranquilidade”.

Portugal registou 15 casos suspeitos de vírus do Ébola e mais de 200 contactos efetuados para a Linha de Saúde 24 por este motivo, revelou esta sexta-feira o diretor do serviço de doenças infeciosas do Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Fernando Martez, que falava durante a sessão solene das Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital Curry Cabral, que decorrem em Lisboa, adiantou que todos os 15 casos suspeitos revelaram-se negativos para a doença, afirmando que o surto de Ébola na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa foi uma lição para as unidades de saúde e a necessidade destas estarem preparadas.

“A epidemia por vírus Ébola foi uma emergência de saúde pública, mas também uma emergência económica e humanitária que nos ofereceu lições essenciais: a necessidade de cada país ter meios eficazes de prevenção e controlo nos hospitais e outras instituições e de ter o seu sistema de saúde forte e funcional para identificar a ameaça quando esta surge, pará-la e preveni-la, a necessidade de investir na capacidade laboratorial, em transporte, equipamentos e informática e simultaneamente na agilização da aprovação de fármacos”, disse.

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Para Fernando Maltez, responsável pelo serviço de doenças infeciosas do Hospital Curry Cabral - um dos três hospitais de referência (o Hospital de São João, no Porto e o Dona Estefânia, em Lisboa) para o vírus do Ébola - “a única notícia boa desta epidemia trágica na Guiné, Serra Leoa e Libéria é que ela é um alerta geral para que nos preparemos para futuras epidemias que se possam propagar mais eficazmente e assim possamos evitar um desastre global”.

Presente na sessão solene destas jornadas, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, enalteceu a resposta das autoridades de saúde portuguesas à ameaça do Ébola.

“Temos em Portugal um dispositivo de saúde pública que funciona muito bem, articulado em termos europeus”, disse o ministro aos jornalistas, quando questionado sobre o vírus Zika.

“A preocupação neste momento, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem afirmado, é muito no continente sul-americano, mas quer a OMS, quer as autoridades nacionais estão a agir com a prudência, bom senso e com a ponderação que se exige”.

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A OMS advertiu quinta-feira que a epidemia do vírus Zika poderá afetar entre três a quatro milhões de pessoas no continente americano.

O vírus Zika afeta mais de vinte países na América Latina, sendo a situação mais grave a do Brasil, onde o Ministério da Saúde estima a ocorrência de entre 497.593 e 1.482.701 casos em 2015, incluindo 3.893 casos de microcefalia.

O vírus Zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos. Não se transmite de pessoa para pessoa.

Em Portugal, onde foram notificados seis casos, todos eles importados, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou que “os sintomas e sinais clínicos da doença são, em regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares”.

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