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Internados em hospitais e roubados

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Telemóveis, carteiras e até televisores são alguns dos artigos furtados a doentes

Telemóveis, carteiras e até televisores são alguns dos artigos furtados a doentes internados nos hospitais. A polícia tem denúncias registadas e há instituições onde os pacientes são alertados para deixar bens de valor em casa, noticia a Lusa.

Os casos sucedem-se. Maria nem queria acreditar quando o televisor com leitor de dvd do filho desapareceu de um hospital da Grande Lisboa. O furto deu-se quando o filho se ausentou para ir fazer um exame. Maria ainda alertou os funcionários, que a remeteram para o posto da polícia no hospital.

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Junto das autoridades, soube que pouco havia a fazer e decidiu não acatar a sugestão do agente e fazer queixa na esquadra da PSP da zona. «O meu filho estava num estado muito grave e não podia deixá-lo para perder tempo a fazer queixas na esquadra, além de não acreditar que alguma coisa pudesse ser feita», contou.

Num outro hospital, Rita ficou sem o telemóvel. Foi quando foi transferida para o quarto e lhe estavam a arrumar os bens. A partir desse dia, tornou-se desconfiada em relação a alguns funcionários. Não acusa ninguém, mas lamenta que a fragilidade dos doentes seja utilizada para fins ilícitos.

Um lamento subscrito pelo presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), para quem esta é uma situação que, apesar de não ser sistemática, «existe e é incomodativa para o hospital e para as pessoas». Mesmo que, diz Pedro Lopes, os bens furtados sejam, frequentemente, «de valor pouco significativo, como telemóveis, carteiras e dinheiro».

limitar a circulação de pessoas

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Este responsável defende que o hospital recolha os bens dos doentes e os guarde. No entanto, disse, «normalmente os doentes pedem para ficar com algum dinheiro e com os telemóveis para comunicar com a família e amigos, o que é legítimo». «É uma situação difícil de resolver», assumiu, defendendo que os hospitais públicos tomem medidas em relação à circulação das pessoas.

Foi o que fez o Hospital de São João, no Porto. Nos últimos anos foram implementadas medidas de controlo na circulação das pessoas, estabelecendo-se áreas para funcionários, doentes e visitas.

Talvez por essa razão, os furtos aos doentes diminuíram nos últimos dois anos, sendo hoje muito menores. Uma das medidas a que esta redução poderá ser atribuída é a criação de cacifos para os bens das pessoas, disse à Lusa fonte do hospital.

Nos hospitais Egas Moniz e São Francisco Xavier, em Lisboa, os doentes que são internados recebem um guia de acolhimento que alerta para que não levem «objectos de valor, como jóias ou grandes quantidades em dinheiro».

No Hospital Santa Maria, também em Lisboa, a administração não tem conhecimento oficial de nenhum caso, lembrando que os doentes prejudicados devem reclamar no Gabinete de Utente e no posto da PSP que está localizado na instituição.

Questionado pela Lusa, o comissário Paulo Flor explicou que a polícia sabe que existem, embora não sejam preocupantes em termos estatísticos. Paulo Flor admite que a existência de furtos aos doentes deve ser mais elevada do que a registada pelas autoridades.

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