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A associação Os Indignados e Enganados do Papel Comercial, que representa lesados pela compra de papel comercial aos balcões do antigo Banco Espírito Santo (BES), garantiu hoje que irá até às «últimas consequências» para obter uma solução.
«Mas, neste momento, estamos mais que abertos para a solução negocial. Somos pessoas de bem, somos cidadãos que queremos, acima de tudo, ser ressarcidos e tentamos evitar tudo o que seja jurídico e tribunais, não temos interesse nenhum nisso», afiançou o responsável, sublinhando que o interesse dos lesados é a negociação e falar com aquelas entidades para resolverem o problema.
«As pessoas estão fora de si, porque ninguém lida bem com uma situação destas», advertiu, frisando: «É uma situação de nos prometerem um pagamento consecutivamente e sempre gorarem as suas expectativas».
«Estou convicto que o Novo Banco tem interesse em preservar estes seus clientes e nós somos clientes fiéis», afirmou, adiantando que a associação Os Indignados e Enganados do Papel Comercial, com cerca de 500 associados, representa no mínimo «80 milhões de euros».
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O responsável adiantou que da reunião de hoje, que juntou 300 pessoas, saiu «a concertação de várias estratégias para a resolução deste problema», apontando, além das entidades envolvidas neste processo, o recurso à Comissão Europeia, a informação aos bancos compradores e outras atividades, «algumas mais fortes», mas que não especificou.
«O problema aqui é só um, estas entidades parece que se esquecem dos compromissos que assumiram. Os compromissos eram simples, era pagar, agora não se volta atrás, não se recua quando estão vidas em questão», reiterou, considerando que «o interesse nacional é o interesse dos cidadãos, não é os interesses da banca».
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