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Os diretores das escolas públicas manifestaram-se hoje chocados com o período para o início do próximo ano letivo apresentado pelo Ministério da Educação, entre 15 e 21 de setembro, considerando-o demasiado tardio.
novo ano escolar 2015-2016“O que choca, o que é diferente dos anos anteriores, é o prazo de início do ano letivo, desta vez entre 15 e 21 de setembro. Consideramos que é extenso e começam tarde as aulas”, disse, em declarações à agência Lusa, Filinto Lima, vice-presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Publicas (ANDAEP).
Filinto Lima explicou que, para minimizar a situação o que os diretores vão fazer “é começar as aulas a 15 ou 16 de setembro”, salientando reconhecer que as escolas necessitam, “no início do ano, de uma ou duas semanas para se organizarem”.
“Mas achamos que é demasiado tempo [começar só a 16 de setembro]. Não sabemos qual é a explicação, deve haver alguma. Penso que é o começo mais tardio de há dez anos para cá, não se sabe o motivo e desconhecemos as razões”, sublinhou.
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“Temos falado muitas vezes sobre este assunto com o Ministério da Educação, mas o ministério não foi sensível à proposta que também é secundada pelos pais. Os exames deviam ocorrer no final do ano letivo, a exemplo do nono ano e do secundário, e não a meio do terceiro período, desta vez serão dois dias. Neste ano letivo que está a terminar, foram quatro manhãs. Os alunos do 4.º, do 7.º e do 8.º ano, pelo menos esses não tem aulas”, explicou.
O responsável considerou também que se o Ministério quer equilibrar os períodos letivos com o mesmo número de dias, devia pensar em “períodos semestrais”.
“Se calhar, era de se começar a pensar, bem sei que não seria para o próximo ano, mas devia-se pensar em períodos letivos semestrais, como na faculdade, evitaria muitos constrangimentos, a começar pelo feriado móvel da Páscoa, ora é em março, ora em abril e torna os períodos bastante desiguais”, sustentou.
O PCP, segundo fonte do grupo parlamentar, vai apresentar um pedido potestativo (que não admite contestação) para ouvir Nuno Crato na comissão de Educação sobre a abertura e as condições do próximo ano letivo.
O início do ano letivo 2014/2015, que agora termina, esteve envolto em várias polémicas, nomeadamente com as aulas a começaram sem que os alunos tivessem a totalidade dos professores devido aos problemas com os concursos.
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