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Crato: divergência com os reitores está «ultrapassada»

Ministro da Educação destacou ainda a importância das empresas portuguesas integrarem jovens «mais qualificados» nos seus quadros

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, afirmou quarta-feira, no Porto, que a divergência com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), que criticam o corte orçamental de 30 milhões de euros, está «ultrapassada».

«Sempre dissemos que aquilo que se estava a fazer era um reajuste de uma questão salarial que tinha de ser reajustada mais tarde», afiançou o governante, à margem da abertura da 10.ª edição do Simpósio «Aquém e Além do Cérebro».

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E, acrescentou, «vai ser reajustada com base na execução orçamental».

O CRUP tem tecido «duras» críticas ao Governo. Em causa estão cerca de 30 milhões de euros a mais no corte previsto no orçamento do Estado deste ano.

Os reitores alertam para situações «muito difíceis» a médio prazo, lembrando que a maior dificuldade pode estar no início do próximo ano letivo.

Nuno Crato falou ainda da importância das empresas portuguesas integrarem jovens «mais qualificados» nos seus quadros.

«Precisamos de mais empresas e empreendedores que invistam no amanhã e vejam a ciência como uma oportunidade para o futuro», disse.

Portugal é um dos países com mais baixa taxa de emprego de doutorados nas empresas, cerca de 2,6%, em comparação com uma taxa de 35% em países como a Holanda ou Bélgica, realçou o governante.

Nuno Crato ressalvou querer uma «cultura empresarial» que aposte mais no conhecimento e nas gerações mais habilitadas.

As empresas têm a lucrar apostando na inovação de base científica, entendeu.

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«A nossa ciência está consciente do enorme contributo que pode fornecer na cadeia de produção e as nossas empresas precisam dos nossos investigadores e estão cada vez mais conscientes da importância da atividade de investigação e desenvolvimento», adiantou o governante.

Frisando que o Governo, cientistas e unidades de investigação têm estado a trabalhar para que o sistema científico nacional se torne mais interativo com as empresas portuguesas.

«Perante os desafios da descoberta científica, temos de fazer mais e temos condições para produzir ainda mais ciência», concluiu.

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