A Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) considera que o Governo deu um passo positivo na revisão curricular, mas espera que possa ir mais longe na autonomia para as escolas gerirem a carga horária.
A AEEP defende um currículo mínimo nacional definido pelo Ministério da Educação, que cada estabelecimento de ensino, público ou privado, acabaria de preencher de acordo com o seu projecto educativo.
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«É fundamental que as escolas tenham projectos educativos diferentes para as famílias poderem escolher», disse à agência Lusa o presidente da AEEP, João Alvarenga.
O dirigente afirmou «compreender a redução da carga horária apresentada» pelo ministro, «perante as dificuldades que o país atravessa», e prometeu apresentar propostas no sentido de mais autonomia na gestão dos currículos.
Considerou positivo o reforço de Inglês, agora apresentado, bem como de Matemática e Língua Portuguesa, já em vigor. «Há liberdade aqui para os tais projectos educativos que defendemos», admitiu.
Quer, porém, que as escolas tenham mais liberdade para adaptar a carga horária às dificuldades das turmas que têm: «Há turmas que têm mais dificuldade numa disciplina do que noutra».
Sobre as propostas de Nuno Crato considerou: «É um passo que o Governo dá, mas é necessário ir muito mais além» na autonomia.
Para João Alvarenga, a grelha apresentada na segunda-feira com os tempos lectivos destinados a cada disciplina é ainda demasiado «rígida» para dotar as escolas de autonomia curricular.
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