PUB
O ministro da Educação, Nuno Crato, recusou hoje qualquer facilitismo eleitoral nos exames do 4.º e 6.º ano, cujas melhorias nos resultados este ano se devem, segundo o governante, a uma adaptação às provas de alunos e professores.
Questionado hoje pelos jornalistas, no final de uma cerimónia dedicada a apresentar os programas de simplificação administrativa já concluídos ou em concretização no Ministério da Educação e Ciência (MEC), e na qual também participou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o ministro da Educação recusou que as provas finais aplicadas este ano aos alunos do 1.º e 2.º ciclos tenham sido mais fáceis.
“De forma alguma. São os alunos que estão a começar a adaptar-se melhor a este sistema”, declarou Nuno Crato, acrescentando que as sociedades científicas e as associações de professores afirmaram “que as provas têm um grau de dificuldade semelhante ao longo dos anos”.
PUB
Sobre os resultados, o ministro acrescentou que “há uma estabilização com uma ligeira tendência de melhoria”, o que considera “um bom sinal”.
“Não olhamos para estes resultados como resultados ótimos. Olhamos para eles como uma estabilização, talvez com alguma tendência de subida. Se essa tendência se continuar a manifestar isso são bons resultados. Isso não quer dizer que já estejamos a atingir os resultados que queremos”, disse, no final da cerimónia que decorreu hoje no Teatro Thalia, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa.
“Nós temos que ter um sistema altamente competitivo no ensino superior, porque é disso que o país precisa. E para isso precisamos que as universidades e politécnicos tenham os instrumentos de contratação dos docentes que considerem melhores para essas funções”, disse.
“Não estamos atrasados na publicação do despacho de organização do ano letivo, as escolas começam agora a pensar nisso. O despacho vem na continuidade dos anos anteriores e com dois grandes objetivos: autonomia às escolas e que as escolas a utilizem a favor da melhoria dos resultados dos seus alunos. Isso mantém-se”, declarou.
Na sua intervenção, Passos Coelho considerou que é difícil saber como se pode reduzir a carga burocrática dos professores portugueses, mas prometeu estudar mais o assunto para ver em que medida é possível ir mais longe.
PUB